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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Ceará já tem mais de 92,7 mil casos de chikungunya confirmados; 110 pessoas morreram


 Mosquito Aedes aegypti transmite a dengue, chikungunya e zika (Foto: Paulo Whitaker / Reuters )
Mosquito Aedes aegypti transmite a dengue, chikungunya e zika


O Ceará já tem 92.752 casos de chikungunya confirmados até o dia 30 de setembro, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Fortaleza concentra 59% dos casos confirmados: 55.752 casos. Cento e dez pessoas morreram, no Ceará em decorrência da doença, das quais, 89 na capital. Além de Fortaleza, foram registradas mortes em Acopiara, Aracati, Beberibe, Caucaia, Itapajé, Maranguape, Marco, Morada Nova, Pacajus e Senador Pompeu. A informação é do G1 Ceará.

A taxa de incidência dos casos confirmados de chikungunya para o estado do Ceará é de 1.351,7 casos por 100 mil habitantes. No estado, dos 184 municípios, cerca de 110 apresentaram taxas de incidência bastante elevadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera nível epidêmico quando uma cidade ou região tem mais de 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes.

General Sampaio, no Norte do Ceará, tem a situação mais crítica no país, com 5.054,8 casos para cada 100 mil habitantes, 16,8 vezes o índice epidêmico da OMS. Também aparecem em situações epidêmicas Acarape (2.174,4 casos/100 mil habitantes), Reriutaba (1.900,6); Caucaia (1.097,8) Maranguape (876,4) e Fortaleza (680,6).

Sintomas

Transmitida pelo mesmo vetor da dengue e da zika - o mosquito Aedes Aegypti - a infecção pelo chikungunya causa dores terríveis não apenas durante os dias em que o vírus está circulando no corpo da pessoa que o contraiu, mas por muito tempo depois da "cura". Em seus primeiros dez dias, os sintomas costumam ser febre, fortes dores e inchaço nas articulações dos pés e das mãos.

Em alguns casos, ocorrem também manchas vermelhas no corpo. Mas mesmo com o fim da viremia - período em que o vírus circula no sangue - a dor e o inchaço causados pela doença podem retornar ou permanecer durante cerca de três meses.

De acordo com especialistas, em cerca de 40% dos casos, os sintomas tornam-se crônicos e podem permanecer por anos. Entre as sequelas da doença, são apontadas inflamação crônica nas juntas, dormência nos membros, câimbras e dificuldades de caminhar, doenças reumatoides, como a artrite. Além disso, também pode desestabilizar doenças cardíacas, problemas renais e diabetes.

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