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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Clima de tensão nos quartéis após a prisão de 44 PMs. Nas redes sociais, movimentos para greve

pm CHORANDO
Momento de desespero: PM recebe a ordem de prisão preventiva
coronel Pinheiro
Comandante-geral da PM, coronel Geovani Pinheiro, foi ao Presídio Militar conversar com os detidos
O clima nos quartéis da Polícia Militar – principalmente na Capital e Região Metropolitana de Fortaleza – é tenso após o anúncio oficial da decretação da prisão preventiva de 44 militares, por conta da chacina de Messejana.  Setores da tropa manifestaram a revolta diante do fato e defendem uma greve da categoria. O Comando-Geral da Corporação tenta evitar a paralisação.
Diante da iminente greve da tropa, no momento em que a violência armada e os assassinatos crescem na Capital, o governo do Estado determinou que o comandante-geral da instituição, coronel Geovani Pinheiro, agisse pessoalmente para aplacar o clima de revolta entre os militares. Na tarde de ontem, Pinheiro deixou seu Gabinete às pressas e foi até o Quartel do 5º BPM (José Bonifácio) conversar pessoalmente com os militares presos, seus familiares, advogados e com a tropa revoltada.
Dos 44 PMs que tiveram a prisão preventiva decretada, praticamente todos já se apresentaram espontaneamente no Presídio Militar. Na companhia de advogados e familiares, eles chegaram no Quartel em carros com vidros escuros, evitaram contato com a Imprensa e receberam o apoio dos representantes das entidades que congregam a categoria.
Política também
Pelo lado político, a reação também já começou. O deputado federal Cabo Sabino (PR), abandonou sua agenda de compromissos políticos em Brasília e retornou às pressas para a Capital cearense, onde já se manifestou, informando que considera as prisões um absurdo e que vai junto com sua assessoria jurídica trabalhar no sentido da libertação dos colegas de farda.
Já o deputado estadual – e candidato a prefeito de Fortaleza – Capitão Wagner (PR), também se manifestou e chegou a afirmar pelas redes sociais que a prisão de seus colegas de farda deveu-se a uma “orquestração” comandada pela família Ferreira Gomes (os irmãos Cid e Ciro Gomes), que são seus desafetos políticos.
Hoje, os familiares dos PMs e representantes da categoria prometem novos protestos.

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