As estatísticas oficiais do mês de agosto não foram ainda concluídas pelas autoridades da Segurança Pública do Estado, mas os números parciais já confirmam a informação de que as taxas de assassinatos em Fortaleza voltaram a crescer nos últimos dois meses. A quebra do pacto por uma pacificação entre as facções criminosas fez a Capital cearense virar palco diário de execuções sumárias.
Um balanço parcial feito, com exclusividade, pelo blogdofernandoribeiro.com.br com os registros de homicídios em Fortaleza no mês de agosto, revela que, no intervalo entre os dias 1º e 30 (faltando somente os números desta quarta-feira, dia 31), 102 pessoas foram assassinadas na cidade. A média, portanto, é de um homicídio em Fortaleza à cada 8 horas.
Bairros que vinham apresentando baixíssimos índices de homicídios desde a pacificação imposta pelas facções criminosas voltaram a registrar assassinatos em série. É o caso, por exemplo, da Vila Manoel Sátiro, onde, neste mês, pelo menos, sete pessoas foram mortas.
Já em Messejana, outras seis pessoas foram executadas sumariamente, sendo duas de uma só vez, além de outras duas terem ficado feridas. A tentativa de chacina ocorreu na madrugada do dia 13 passado, na Rua José Cavalcante Sobrinho. As vítimas estavam em um táxi e voltavam de uma festa, quando foram atacadas pelos assassinos. O caso já foi elucidado.
Também no bairro Rodolfo Teófilo, uma tentativa de chacina aconteceu na noite do dia 5, quando quatro pessoas foram baleadas. O crime ocorreu em um beco na Rua Frei Marcelino. Duas pessoas morreram na hora. Três dias depois, uma terceira vítima faleceu no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). Minutos depois, supostamente, os mesmos criminosos foram ao vizinho bairro Amadeu Furtado, e, na Avenida Gonçalves Dias, mataram mais uma pessoa e deixaram outra gravemente ferida.
Mortes
Outros bairros que apresentaram novos casos de assassinatos depois de uma trégua foram: Centro, Canindezinho, Maraponga, Parangaba, Pedras, Parque São José, Sabiaguaba e Vila Velha.
Além das dezenas de corpos recolhidos nas ruas da Capital, 12 pessoas baleadas em bairros diversos da Capital cearense acabaram morrendo em hospitais públicos dias depois de lesionadas, crimes denominados de lesão corporal seguida de morte.
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