Uma jovem, que não teve sua identidade revelada, vítima de abuso sexual, entre os 5 e 15 anos de idade, recentemente, recebeu da Comissão de Eutanásia da Holanda, autorização para ser submetida ao procedimento de eutanásia (injeção letal).
A decisão, mesmo sendo tomada na Holanda, gerou polêmica em diversos jornais do Reino Unido, onde o debate sobre suicídio assistido ainda gera muita controvérsia e é considerado crime para todo e qualquer cidadão que ajudar uma pessoa a morrer.
A jovem, que tem hoje 20 anos de idade, estava sofrendo de estresse pós-traumático, anorexia severa, alucinações e depressão crônica. Assim, e apesar de ser relatado algumas melhorias em seu estado mental, ela recebeu respaldo médico para a realização do procedimento.
De acordo com os documentos divulgados pela Comissão que relatavam detalhes do caso, os médicos acreditavam que as múltiplas condições que ela sofria eram incuráveis, e há cerca de dois anos, concordaram em ceder ao desejo da vítima de acabar com sua própria vida.
Os médicos julgaram-na “totalmente competente” de suas ações e que não havia indícios de que a “depressão ou outro transtorno de humor estivesse afetando seu pensamento”.
Obviamente, todo o caso gerou polêmica em diversos países onde o suicídio assistido ainda é assunto tabu. Segundo Nikki Kenward, do grupo “Distant Voices”, que visa defender o direito dos deficientes: “É ao mesmo tempo horrível e preocupante que um profissional de saúde mental possa considerar a eutanásia como resposta às complexas e profundas feridas resultantes do abuso sexual”.
Segundo o político e membro do parlamento britânico, Robert Flello essa situação“é quase como enviar uma mensagem de que, se você for vítima de abuso, automaticamente estará sujeito a desenvolver uma doença mental e sua punição por ser vítima de um crime seria a morte”.
Via Jornal Ciência
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