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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Polícia Federal prende 13 suspeitos de fraude na CEF


Uma operação da Polícia Federal (PF), intitulada “Operação Caixa Preta”, resultou na prisão de 13 pessoas, todas elas em Fortaleza, suspeitas de participar de um esquema fraudulento contra a Caixa Econômica Federal, de onde foram desviados mais de R$ 50 milhões. A ação foi realizada nesta quarta-feira, 1º, e contou com a participação de 110 policiais, que investigaram o crime financeiro ocorrido entre os anos de 2012 e 2014, e que foi denunciado após auditoria feita pelo banco.
Foram expedidos ontem 38 mandados pela 32ª Vara da Justiça Federal: 15 de prisão temporária e 23 de busca e apreensão, sendo um em Recife (PE). Em Fortaleza, acredita-se que os suspeitos agiam, inicialmente, aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada.
De acordo com a PF, o esquema funcionava através da realização de empréstimos fraudulentos protagonizado por agentes públicos do banco, empresários, contadores e “laranjas”.
Inicialmente, a CEF havia detectado irregularidades em 14 contratos, conforme informou o delegado Gílson Mapurunga da Costa. Mas o número é bem maior e hoje a contagem chega a 409.
Ainda segundo o delegado, além dos 409 contratos fraudulentos, 114 empresas teriam sido diretamente beneficiadas pelos empréstimos. Muitas delas associadas à construção civil.
Mapurunga disse em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta que “a maioria [das empresas beneficiadas] nem existia”. O delegado falou também que o esquema era facilitado por dois gerentes da Caixa, que concediam os empréstimos ignorando notas básicas e garantias do banco.
“Conseguidos os empréstimos, os valores eram imediatamente sacados ou transferidos para outras empresas. Em alguns casos, eram utilizados para viabilizar o pagamento de prestações menores para, com isso, conseguir maiores”, disse Mapurunga.
Não foi passada a identificação dos 13 presos durante a operação da Polícia Federal, mas foi passado que dois deles eram gerentes da Caixa Econômica. Desses, um já havia sido detido em uma fase da Operação Fidúcia, realizada em 2015 e que também investigou fraudes em empréstimos da Caixa Econômica Federal.
Mapurunga frisou, entretanto, que, na operação de agora, “são outros grupos empresariais sem nenhuma ligação com os capturados na Fidúcia”.
Os suspeitos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupções ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Dois deles, associados aos grupos empresariais, continuam foragidos. A Polícia Federal não descarta haver mais envolvidos.
CNews

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