Que Henrique Meirelles tem paranoia com a segurança não é segredo para ninguém. Pois fazendo jus ao seu histórico, ele mandou blindar o carro oficial que usa como ministro da Fazenda. Em vez do Fusion que servia a seus antecessores, ele está circulando em um Toyota a prova de balas. Não é só: o carro do ministro está sempre escoltado por outro, com dois seguranças. Esse veículo funciona como um batedor.
Quando foi presidente do Banco Central, Meirelles ampliou muito os gastos com segurança. A paranoia era tão grande que ele levou seus seguranças pessoais para o BC, o que provocou uma briga com os profissionais da instituição destacados para protegê-lo. À época, Meirelles alegou que a segurança pessoal era uma exigência do BankBoston, que havia presidido e do qual recebe uma aposentadoria milionária.
Histórias não faltam no BC para ilustrar a preocupação de Meirelles com segurança. Para se ter uma ideia, ele só bebe água mineral de garrafas compradas por assessores diretos. Se ele estiver em um evento e lhe servirem água no copo, não beberá. Como presidente do BC, ele suspeitou de uma garrafa de água e mandou examiná-la. O laboratório contratado cobrou R$ 14 mil pelo serviço, pagos, é claro, pelos cofres públicos.
Meirelles só come o que é preparado em sua casa. O almoço dele vem todos os dias em uma espécie de cofre, que só é aberto em sua presença. Ele diz que a preferência pela comida caseira tem a ver com sua alimentação balanceada. Mas quem trabalha com ele diz que o hábito faz parte do sistema de segurança que é conduzido com todo o rigor.
Técnicos do BC que trabalharam direto na segurança de Meirelles contam que, na viagens que fazia de carro entre Brasília e Goiânia, nos fins de semana, muitas vezes, ele vestia um capacete de aço, característico de guerra, temendo qualquer problema no trajeto.
Fonte: Correio Braziliense (Blog do Vicente)
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