O senador é investigado por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE – PR) retoma nesta segunda-feira (8), o julgamento que pode resultar na cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil), investigado por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022. O placar do julgamento está em 1×1.
Se for cassado pelo TRE, Moro não deixará o cargo imediatamente porque a defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso uma eventual cassação seja confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador e Moro poderá ficar inelegível por oito anos.
A expectativa é a de que o julgamento seja concluído ainda nesta segunda-feira. Caso a discussão se estenda, foi reservada uma sessão na próxima quarta-feira, dia 10.
O TRE julga duas ações nas quais o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha, nas eleições de 2022.
De acordo com a acusação, em novembro de 2021, Moro se filiou ao Podemos e realizou atos sinalizando sua pré-candidatura à Presidência da República. Porém, saiu do partido, se filiou ao União Brasil e passou a fazer campanha ao Senado.
A acusação aponta que houve “desvantagem ilícita” aos outros candidatos ao cargo de senador pelos “altos investimentos financeiros” feitos antes de Moro se candidatar ao Senado. As ações citam gastos de aproximadamente R$ 2 milhões com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos e consultorias.
No curso dos processos, o senador negou as acusações. Em dezembro de 2023, ao prestar depoimento presencial no TRE, Moro afirmou que as acusações são levianas e que fez tudo “segundo as regras”.
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