Foto Kid Júnior |
O número de pedidos de empréstimos no Ceará cresceu nos dois primeiros meses de 2024. Na comparação com janeiro e fevereiro de 2023, neste ano cresceu em 25% o volume de solicitações por parte dos cearenses. Em média, o valor pleiteado no Estado foi de R$ 3.445, destinado principalmente para as pessoas que querem abrir o próprio negócio.
As informações fazem parte do Índice FinanZero de Empréstimo, relatório que mede o interesse dos brasileiros por crédito pessoal e refinanciamento. No estudo, há ainda a renda média dos cearenses que pedem empréstimo com a respectiva porcentagem.
Quem mais contrata crédito é quem ganha menos. O público com renda média de até R$ 1,5 mil mensais — aproximadamente um salário mínimo — é responsável por 20% de todos os empréstimos solicitados no Ceará. Na ponta oposta, as pessoas que recebem mensalmente acima de R$ 6 mil são as que menos pedem dinheiro emprestado: só 9% do total.
Uma das principais tendências de 2023 segue se repetindo no início deste ano. A maioria das contratações solicitadas de empréstimos são para a abertura de negócios próprios, isto é, pessoas que querem investir em algum empreendimento de sua responsabilidade, em geral, de pequeno porte.
No Ceará, esse segmento, no ano passado, foi responsável por solicitar 23% dos empréstimos. O comportamento é igual em praticamente todos os estados do Nordeste, com exceção da Bahia. Nesses locais, o pedido é sobretudo para investir em um negócio próprio. Nas demais regiões do País, o crédito é destinado principalmente para o pagamento de dívidas.
Os dados do Índice FinanZero apontam ainda que, no Brasil, os pedidos de empréstimo são sobretudo para crédito pessoal para o pagamento de dívidas. Aproximadamente 31% das pessoas que solicitaram dinheiro emprestado em 2023 tiveram por finalidade a quitação de débitos, percentual que vem lentamente diminuindo após o período crítico da pandemia.
VOCAÇÃO EMPREENDEDORA
A particularidade do Nordeste para a abertura do próprio negócio não é necessariamente uma surpresa para o setor. Para o diretor operacional da FinanZero, Rodrigo Cerazetto Marques, a região é destaque pelo microempreendedorismo.
"Estamos falando de uma região fortemente marcada pela cultura empreendedora, o que vem posicionando-a entre aquelas onde há mais buscas por crédito para a ampliação ou abertura de novos empreendimentos. Trata-se de pedidos feitos por profissionais atentos às diversas vantagens proporcionadas pelos empréstimos, que tendem a ajudar a impulsionar o empreendedorismo mesmo em meio às dificuldades financeiras", frisa.
Com informações do Diário do Nordeste
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