Nesta sexta-feira completa exatos três meses que a comerciante Laisa do Nascimento Andrade, de 26 anos, foi esfaqueada na sua loja. Para surpresa de muitos ela reabriu as portas a sua Encantada Boutique na Rua Santa Luzia no bairro São Miguel em Juazeiro. Por coincidência foi uma sexta-feira e lá estava a sorridente garota agradecendo a todos as correntes de orações. O fato do imóvel ter sido o local do crime, não arrefeceu o ânimo de Laísa no retorno a atividade.
Ela distribuiu sorrisos e ganhou de presente buquês de flores e o incentivo de vizinhos, familiares e amigos. Junto a todo esse carinho, a solidariedade externada por conta de uma triste situação, cujas imagens ainda rondam na memória de muitos. O imóvel foi ainda palco para o ajuntamento de pessoas unidas em orações pelo pronto restabelecimento da saúde da jovem que se viu diante da morte. Hoje, Laísa tornou-se exemplo de superação e resiliência.
Sobre o atentado no dia 12 de janeiro, o casal acusado da autoria intelectual segue preso. Segundo o delegado do Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (NHPP), Helder Brito, que preside o inquérito, todos os flagrantes e prisões temporárias já foram convertidas em preventivas. Nos dias seguintes ao crimes, sábado e domingo, foram presos em flagrante os executores.
Marcelo Barbosa de Almeida, de 25, o “Marcelo Tatoo”, estava em Caririaçu e José Pedro das Chagas Pinto de Sousa, de 31 anos, o “Paulista” já tinha partido para Aurora. A polícia prendeu, ainda no dia 13 o responsável por fazer a ponte entre o casal e os autores materiais no caso o vendedor Carlos Alberto Evangelista Silva, de 42 anos, o “Alemão”, residente na Vila Três Marias. Todavia, foi solto na Audiência de Custódia pela ausência de flagrante.
Já na segunda-feira, dia 15 de janeiro, o casal se apresentou e ficou preso. Contra o dentista Francisco Jonhnatan Alves e Silva, de 38, o “Doutor”, residente no bairro Betolandia, e sua companheira e atendente de telemarketing Savana Silva de Oliveira, de 24 anos, já existiam prisões temporárias. Outra temporária por 30 dias levou de volta ao cárcere o vendedor “Alemão”, que foi preso no Centro de Apoio ao Romeiro na terça-feira, dia 16 de janeiro.
No dia 15 de fevereiro os três poderiam ser postos em liberdade. Entretanto, a justiça converteu as prisões temporárias em preventivas e continuarão presos a exemplo de “Marcelo Tatoo” e “Paulista”. No seu depoimento, Savana isentou o companheiro de participação no crime que custaria R$ 5 mil e motivado por ação trabalhista de R$ 10 mil de Laísa contra a clínica dentária onde trabalhou. Além disso, ergueu a tese de legítima defesa o que, também, é investigado.
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