Moro vai investigar a origem de R$ 174,5 bilhões que foram regularizados.
A gestão do futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, vai investigar a origem dos R$ 174,5 bilhões que estavam no exterior sem registro na Receita Federal, mas foram regularizados graças a dois programas de incentivo editados nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer, registra (O Globo).
As medidas promoveram a anistia de crimes como evasão de divisas e sonegação fiscal, mediante mera declaração de posse dos valores e de sua licitude, sem que houvesse qualquer tipo de análise sobre a origem dos recursos ou da capacidade econômico-financeira de seus beneficiários.
O plano de Moro é incrementar a integração entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e unidades de inteligência financeira, em especial o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), para verificar o uso dos valores por organizações criminosas — tanto aquelas com atuação violenta, como tráfico de drogas e armas, quanto as envolvidas em crimes de colarinho branco. Essas condutas não estão anistiadas pela lei.
Desde que aceitou ir para o governo a convite de Jair Bolsonaro, Moro solicitou a transferência do Coaf do ministério da Fazenda para o da Justiça. Na semana passada, conforme noticiou a Renova Mídia, o auditor fiscal Roberto Leonel Lima foi indicado para comandar o órgão.
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