CRATO NOTICIAS player

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Moradores da Favela da Estiva entram em confronto com a PM após a morte de três jovens na comunidade

Moradores da Comunidade da Estiva, no Grande Mucuripe, na zona Leste de Fortaleza, entraram em confronto com a Polícia Militar, mais uma vez, na tarde desta terça-feira (18). Desde o fim de semana passado o clima naquele setor da cidade é de tensão, por conta de um triplo assassinato que deixou três jovens moradoras da área mortas.  Uma disputa entre traficantes pelo domínio da favela pode ter sido o motivo das execuções. Os moradores apontam policiais como responsáveis pelo crime.
Depois da morte das três jovens, dois ônibus já foram incendiados, sendo um na noite de domingo passado (16) e outro na noite desta terça-feira (18). Indignados, os moradores cobram justiça e uma resposta das autoridades. Em um ano e dois meses, a favela da Estiva foi palco de uma chacina que deixou cinco mortos e, agora, de um triplo assassinato. Ontem, eles tentaram queimar pneus na linha férrea que corta a favela, mas foram repelidos pela PM, que deteve um homem. À noite, houve mais incidentes, com um ônibus incendiado. Logo depois, um jovem foi detido armado com um revólver.
O crime
As jovens Cristiane da Silva Orlando, 23 anos, a “Alemão” (apontada como traficante do bairro); Maria Mikaela Guedes Nogueira, 20; e Thaynan Rodrigues de Sousa, 23, foram executadas com vários tiros de pistola quando juntas bebiam em um bar na Travessa Vicente de Castro, na entrada da favela. O crime ocorreu por volta de 21h30 de sábado.
Informações colhidas pela Polícia indicam que a traficante “Alemão” (Cristiane) estava com sua namorada (Thaynan) em uma mesa, enquanto a amiga Mikaela pedia uma bebida no balcão, quando foram surpreendidas por desconhecidos que ocupavam uma caminhonete Hilux preta. Eles desceram do carro já de arma em punho e passaram a atirar à queima-roupa.
“Alemão” e sua namorada morreram na hora, tombando na calçada do bar. Mikaela ainda foi levada para o IJF-Centro numa ambulância do Samu, mas morreu logo ao dar entrada na Emergência. Havia recebido um tiro no pescoço.
Ligação entre as mortes
A equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), tendo à frente a sua diretora, delegada Socorro Portela, investiga o caso. Não está descartada a hipótese de o triplo homicídio ter ligação com a chacina  ocorrida ali ano passado.
Uma das vítimas do crime de sábado passado, a jovem Maria Mikaela Guedes Nogueira, era irmã do traficante e ex-presidiário Rafael Guedes Nogueira, um dos cinco mortos na chacina. Ele era acusado de ter assassinado, dias antes da matança, o traficante Márcio Rodrigues da Silva, o “Márcio da Pedra”, no Serviluz, o que teria gerado a matança na noite de 11 de agosto de 2015. Mikaela e sua mãe testemunharam Rafael ser fuzilado na cozinha de casa.  
Outros  quatro homens foram executados nos becos da favela.  Eram: Maurício Casimiro da Silva, 24 anos, o “Silvinho”; Francisco Maurismar dos Santos, 36, o “Gaguinho”; Raimundo Nonato Pereira  Júnior, 33 anos, o “Novo”; e Emílio de Paula Costa, 29 anos. ////blogdofernandoribeiro.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário