Transmitidas pelo Aedes aegypti,
doenças se constituem como uma das grandes preocupações da Sesa (Foto:
Reprodução)
Uma coisa é certa: não se pode
abaixar a guarda contra o Aedes aegypti. No Ceará, em média, por dia, 198
pessoas são infectadas pelo mosquito e sofrem com uma das doenças transmitidas
por ele: dengue, chikungunya ou zika. Os dados são dos boletins epidemiológicos
da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) referentes ao período de janeiro a 15
de outubro desse ano. Somente a primeira arbovirose contabiliza 110 ocorrências
positivas por testes laboratoriais diariamente, com 20 óbitos.
Em relação ao ano passado, houve uma redução de 34,8% dos casos confirmados, passando de 50,5 mil para 32.9 mil. No entanto, o que redobra as preocupações de infectologistas e da própria Sesa são as mudanças nas gestões municipais e o momento atual, com o fim do ciclo de trabalho anual e o planejamento do próximo.
Segundo a veterinária Ricristhi Gonçalves, do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet), da Sesa, a maioria dos municípios já começa a desmontar as equipes de endemias, reduzir visitas domiciliares, com prejuízos diretos nas ações de combate ao Aedes. Por isso, informa, o órgão estadual de saúde irá conversar com o Ministério Público do Ceará (MPCE) e Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) no sentido de buscar o diálogo com os prefeitos não reeleitos e com os que irão tomar posse em janeiro para que eles não descuidem da área da saúde e, principalmente, das ações de combate ao mosquito. "A situação agora é sim, de preocupação. Vamos passar por essa fase de transição, mas eles não podem ser pegos de surpresa, com aumento de casos e óbitos, se não tomarem medidas para estruturarem suas equipes com urgência ou não acabarem com as que estão atuando".
Ela adianta que a Sesa já começou o planejamento estratégico visando 2017 e até a segunda quinzena de novembro irá divulgá-lo. "Mesmo assim, não se pode diminuir o ritmo do trabalho desse ano e alertando a população para os perigos com armazenamento de água ou limpeza de quintais", frisa. A apreensão diante de possíveis desmontes das máquinas municipais também é de infectologistas.
O médico e professor Anastácio Queiroz reafirma que o cenário é alarmante. "Com os casos que não têm redução significativa e modificações nas prefeituras, com muitos novos eleitos que ainda terão que formar equipes e se inteirarem da situação, não tenha dúvida que teremos prejuízos enormes".
Problemas
Para o médico, é preciso envolver os novos eleitos e conscientizá-los sobre os perigos em todas as áreas, mas, principalmente, se o trabalho já desenvolvido contra o Aedes aegypti for interrompido. "Teremos problemas sim, mas pelo menor que não sejam tão graves", diz.
Ainda sobre os boletins da Sesa referentes à dengue e chikungunya, os números são altos. A Capital detém 61% dos casos da segunda doença. No total, o Ceará registra 24.772 confirmações, sendo 15.140 somente em Fortaleza, com dez óbitos e incidência de 584,3 por cada grupo de 100 mil habitantes.
Fonte: Diário do Nordeste
Em relação ao ano passado, houve uma redução de 34,8% dos casos confirmados, passando de 50,5 mil para 32.9 mil. No entanto, o que redobra as preocupações de infectologistas e da própria Sesa são as mudanças nas gestões municipais e o momento atual, com o fim do ciclo de trabalho anual e o planejamento do próximo.
Segundo a veterinária Ricristhi Gonçalves, do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet), da Sesa, a maioria dos municípios já começa a desmontar as equipes de endemias, reduzir visitas domiciliares, com prejuízos diretos nas ações de combate ao Aedes. Por isso, informa, o órgão estadual de saúde irá conversar com o Ministério Público do Ceará (MPCE) e Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) no sentido de buscar o diálogo com os prefeitos não reeleitos e com os que irão tomar posse em janeiro para que eles não descuidem da área da saúde e, principalmente, das ações de combate ao mosquito. "A situação agora é sim, de preocupação. Vamos passar por essa fase de transição, mas eles não podem ser pegos de surpresa, com aumento de casos e óbitos, se não tomarem medidas para estruturarem suas equipes com urgência ou não acabarem com as que estão atuando".
Ela adianta que a Sesa já começou o planejamento estratégico visando 2017 e até a segunda quinzena de novembro irá divulgá-lo. "Mesmo assim, não se pode diminuir o ritmo do trabalho desse ano e alertando a população para os perigos com armazenamento de água ou limpeza de quintais", frisa. A apreensão diante de possíveis desmontes das máquinas municipais também é de infectologistas.
O médico e professor Anastácio Queiroz reafirma que o cenário é alarmante. "Com os casos que não têm redução significativa e modificações nas prefeituras, com muitos novos eleitos que ainda terão que formar equipes e se inteirarem da situação, não tenha dúvida que teremos prejuízos enormes".
Problemas
Para o médico, é preciso envolver os novos eleitos e conscientizá-los sobre os perigos em todas as áreas, mas, principalmente, se o trabalho já desenvolvido contra o Aedes aegypti for interrompido. "Teremos problemas sim, mas pelo menor que não sejam tão graves", diz.
Ainda sobre os boletins da Sesa referentes à dengue e chikungunya, os números são altos. A Capital detém 61% dos casos da segunda doença. No total, o Ceará registra 24.772 confirmações, sendo 15.140 somente em Fortaleza, com dez óbitos e incidência de 584,3 por cada grupo de 100 mil habitantes.
Fonte: Diário do Nordeste
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