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domingo, 2 de agosto de 2015

Cão fica mais de 10h ao lado de cadela que morreu atropelada



Um cachorro permaneceu ao lado da companheira por pelo menos dez horas, numa das avenidas mais movimentadas de Sorocaba (a 99 km de São Paulo), depois que a cadela foi atropelada e morreu. Os dois animais andavam juntos pelas ruas do bairro há alguns meses e foram descritos como "inseparáveis" por comerciantes que trabalham no local.

O atropelamento ocorreu na madrugada desta sexta-feira (31), na avenida Ipanema. A cadela não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. A cena chamou a atenção de quem passava pelo local pela manhã, dentre eles a cabeleireira Rosimara Ferreira, que fez imagens da cena.

"O cachorro não deixava ninguém chegar perto, parecia que estava protegendo a cadela mesmo. Foi uma cena muito triste, todo mundo que viu chorou", contou.

Segundo Mariana Borgui, que trabalha com proteção aos animais em Sorocaba, o cachorro deixou o local depois que o corpo da companheira foi retirado, no começo da tarde, e teria sido recolhido por uma veterinária.

Já a remoção do corpo da cadela foi feita por um popular, em veículo próprio. Procurada, a Polícia Civil informou que não recebeu nenhuma denúncia sobre o caso. 
Dupla vivia inseparável nas ruas

A amizade dos dois cachorros começou depois que o cachorro bege chegou ao local, há cerca de três meses. O dono do animal não foi identificado. Já a cadela vivia na rua há mais de um ano e não se sabe se ela já teve algum dono.

"Eles não se largavam, onde estava um, o outro logo aparecia também. Eram muito queridos por todos", disse Josué Gonçalo, 45, que trabalha nas proximidades de onde o acidente ocorreu.

Mariana ressalta, entretanto, que, independente de ter sido abandonado ou fugido, o caso pode servir de alerta e indicar a importância da posse responsável. Ela defende que os animais sejam identificados e que os donos sejam responsabilizados pelo eventual abandono.

"O dono tem que ser responsável. Na pior das hipóteses, precisa se responsabilizar pela escolha de um novo lar e acompanhar essa rotina de perto. E, tanto se o animal fugiu como se foi abandonado, isso mostra uma negligência que não pode acontecer", disse.

Fonte: Bol

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