A presidente Dilma Rousseff afirmou
nesta segunda-feira (29), em entrevista coletiva nos Estados Unidos,
que não respeita delatores. Indagada sobre as supostas declarações do
dono da UTC Ricardo Pessoa em depoimento de delação premiada, a petista
ressaltou que recebeu doação de R$ 7,5 milhões da empresa investigada na
Operação Lava Jato, porém, disse que o dinheiro foi repassado
legalmente à sua campanha eleitoral no ano passado.
Reportagem publicada na edição deste fim de semana da revista "Veja"
relaciona os nomes de 18 políticos supostamente citados pelo dono da
construtora UTC como beneficiados com dinheiro oriundo do esquema de
corrupção na Petrobras.
O acordo de Pessoa foi homologado na última quarta-feira (24) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A petista argumentou nesta segunda-feira que não respeita delatores
porque foi presa política durante o regime militar (1964-1985).
"Eu não respeito um delator, até porque eu estive presa na ditadura e
sei o que é. Tentaram me transformar em delatora, a ditadura fazia isso
com as pessoas. Eu garanto para vocês: eu resisti bravamente e até em
alguns momentos fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a
gente tem de resistir porque, senão, você entrega. Não respeito nenhum,
nenhuma fala", disse a presidente a repórteres em Nova York, onde se
reuniu nesta segunda com investidores norte-americanos.
Durante a entrevista, Dilma garantiu que “nunca” se encontrou com
Ricardo Pessoa e que não o recebeu desde que assumiu a Presidência. Ao
explicar que as doações da UTC foram legais, a presidente ressaltou que
não aceita e "jamais" aceitará que "insinuem" qualquer irregularidade
sobre ela ou sobre sua campanha. "Se insinuam, têm interesses
políticos", enfatizou.
Avião militar cai na Indonésia e mata dezenas de pessoas
Pelo menos 49 pessoas morreram nesta terça-feira (30) depois
que um avião de transporte, do tipo Hércules, do Exército da Indonésia,
caiu em uma área residencial da cidade de Medan, na ilha de Sumatra,
cerca de dois minutos após a decolagem, segundo a Reuters.
As equipes de emergência retiraram os corpos dos destroços do avião e da
área de queda, onde o acidente provocou um incêndio, informou o chefe
de polícia de Medan, Mardiaz Dwihananto.
Segundo o Exército local, o avião transportava 113 pessoas, incluindo 12
tripulantes. O número de mortos também é incerto e ainda não é
definitivo.
"Eu vi o avião que saiu do aeroporto e já estava inclinado. Depois vi a
fumaça que soltava", relatou à AFP Januar, morador da região.
G1
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