Ronaldo Miranda admitiu à polícia que estava acima da velocidade permitida na rodovia. Pena pode ser de dois a quatro anos de detenção.
Cristiano Araújo e o motorista Ronaldo
Miranda (Foto: Reprodução/ Instagram)
Miranda (Foto: Reprodução/ Instagram)
"Com base nesses dados, poderemos verificar se ele estava realmente acima da velocidade permitida. Se for confirmada a imprudência, o motorista poderá ser indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) na direção de veículo automotor", informa o titular da delegacia de Morrinhos, ao EGO.
A pena para esse tipo de crime pode variar de dois a quatro anos de detenção, com suspensão da Carteira Nacional de Habilitação ou proibição de se obter uma nova.
Segundo o delegado, Ronaldo Miranda afirmou em seu depoimento realizado no domingo, 28, que não cochilou ao volante, como chegou a ser cogitado pela polícia, e nem estava mexendo no celular durante o acidente, ocorrido na altura do km 614, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina, em Goiás.
A hipótese do cochilo na direção foi levantada por causa da ausência de marcas de frenagem no asfalto. Elas indicam que o motorista foi pego de surpresa ao perder o controle do carro, não tendo tempo de frear.
Ronaldo contou ao delegado que perdeu o controle do carro porque um dos pneus furou. Ele não ouviu um estouro, como chegou a ser divulgado por parentes do motorista, mas quando escutou o barulho do pneu vazio não teve tempo de contornar a situação. "Essa versão condiz com a ausência de frenagem no asfalto", explica o delegado.
A versão de que as rodas do carro não eram originais de fábrica foram confirmadas pelo motorista. De acordo com ele, elas foram alteradas por estética e doadas por um amigo em comum dele e de Cristiano Araújo. Esse amigo também tinha um Range Rover e quis vendê-lo. Para comercializá-lo, ele colocou as rodas originais de volta no veículo e retirou as modificadas, doando-as a Cristiano.
O motorista não soube especificar quanto tempo de uso tinham essas rodas e o amigo que as doou será convocado pela Polícia Civil a prestar esclarecimentos. A solda presente nas rodas, conforme notaram os agentes que foram ao local do acidente, também não foi bem especificada por Ronaldo.
"Ele disse que já havia solda ali antes das rodas serem colocadas. Seria resquício de um reparo feito anteriormente, mas não soube dizer quando aconteceu e nem o motivo", diz o delegado Jacomelis. Vale relembrar que o carro de Cristiano Araújo tinham dois meses de uso.
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