CRATO NOTICIAS player

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Polícia descobre que Sailson matou mãe e filho três dias depois de deixar a cadeia


Fernanda da Silva Hazelman, morta por Sailson há quatro anos
Fernanda da Silva Hazelman, morta por Sailson há quatro anos Foto: Reprodução
Ana Carolina Pinto, Ana Carolina Torres, Carolina Heringer, Flávia Junqueira, Lígia Modena, Luã Marinatto, Paolla Serra, Rafaella Barros e Rafael Soares

Para não ser descoberto, Sailson José das Graças contou a agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) que acabou matando uma criança de apenas 1 ano no bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu, em fevereiro de 2010. O pequeno Pedro Hazelman dos Santos foi morto com 14 facadas logo após o assassino matar por asfixia a mãe do bebê, Fernanda da Silva Hazelman, com 25 anos à época. Na ocasião, segundo o depoimento de Sailson, o bebê não parava de chorar.
Para a polícia, esse crime comprova que Sailson nunca temeu a prisão, nem ser punido por seus crimes: três dias antes de cometer o homicídio, ele deixou o sistema prisional, onde ficou encarcerado por dois anos após ser condenado por furto. Curiosamente, quatro dias depois do assassinato, em 12 de fevereiro, Sailson seria preso novamente — e não pelo homicídio: PMs flagraram o homem portando um revólver no bairro da Posse, em Nova Iguaçu.
Sailson não havia sido indiciado pelo crime
Sailson não havia sido indiciado pelo crime Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Em depoimento na delegacia, Sailson afirmou não se arrepender de nenhum dos outros 42 assassinatos que diz ter cometido, apenas da morte de Pedro.
— Não queria ter matado ele, me arrependo. Se eu pudesse voltar no tempo, não faria isso — contou ele.
Na ocasião, além de Pedro, o outro filho de Fernanda, de 5 anos, também estava na casa. Segundo o depoimento de Sailson, ele viu o menino no local, mas como o garoto não chorou nem fez barulho, foi poupado.
Quase cinco anos depois, a irmã de Fernanda, Francisca Hazelman, de 30 anos, lembra com detalhes do dia em que a irmã morreu. A mulher se diz mais tranquila com a prisão de Sailson.
— Vivi estes anos todos sem saber o que tinha acontecido com minha irmã. Hoje, eu vou poder dormir em paz — desabafou.
De acordo com a técnica de enfermagem, o filho mais velho de Fernanda não consegue esquecer o dia da morte da mãe e do irmão:
— Hoje em dia ele mora no Sul do país e tem pavor só de ouvir falar em Rio de Janeiro.
Inocente acabou preso injustamente
Durante as investigações da morte de Fernanda e seu filho, a 58ª DP (Posse), responsável pelo caso, divulgou que o suspeito era um homem negro, magro e alto — justamente como Sailson. Dias depois, a distrital indiciou um homem que andava pelo bairro Santa Rita como o responsável pelos assassinatos. O homem acabou sendo preso e foi absolvido pelo crime dois anos depois.
— Ele se parece com o Sailson, mas algo me dizia que ele não era o assassino — lembrou Francisca.
De acordo com ela, a mãe do acusado acabou morrendo depois que seu filho foi preso.
— Foi injusto. É uma pena que isso tenha acontecido — lamentou.
Alguns vizinhos contaram que o homem ainda é visto andando pela região.
— Ele aparece por aqui e não fala com ninguém — diz Rosa Silva, de 43 anos


extra

Nenhum comentário:

Postar um comentário