Marli de Souza, de 46 anos, é suspeita de matar 4 companheiros em SC.
Polícia diz que ela tinha guardado documentos deles em sua residência.
Com
as mortes dos ex-companheiros, a mulher conhecida como viúva negra
teria conseguido duas casas, dois seguros de vida e uma pensão. Marli
Teles de Souza foi presa suspeita de ter matado quatro homens. Segundo a
Polícia Civil, no dia da prisão, agentes encontraram na casa dela, em Caçador, no Oeste catarinense, documentos dos quatro homens com quem a mulher havia se relacionado (veja a matéria completa no vídeo acima, exibido no Fantástico).
"No dia da prisão de Marli, nós encontramos na casa dela uma pasta
contendo documentos de outros três homens com quem ela havia se
relacionado e todos esses homens estavam mortos. Então, começamos a
perceber que estávamos diante de uma teia de assassinatos, a teia da
viúva-negra", disse o delegado Fabiano Locatelli, responsável pelo caso.
A mulher de 46 anos e o filho Ulisses Souza de Oliveira, 21 anos, -
suspeito de participação em um dos crimes - seguem presos
preventivamente no Presídio de Caçador. Ela é suspeita de matar, em um período de 14 anos,
o policial militar Nilson de Souza e o operador de máquinas Vânio
Nórdio, ambos ex-maridos dela, além de outros dois que foram seus
namorados agricultor Jocenir de Carvalho e o empresário Rui Dias de
Oliveira.
Filho teria ajudado
Ela e Rui tiveram o filho Ulisses. De acordo com a polícia, a mulher orientou o jovem a se aproximar do pai, com quem tinha pouco contato. O rapaz passou então a frequentar o restaurante do empresário e, pouco tempo depois, começou a pedir ao pai que fizesse um empréstimo bancário para estudar. Tanto insistiu que Rui acabou indo ao banco onde assinou não um financiamento estudantil, mas dois seguros de vida no nome do filho.
Ela e Rui tiveram o filho Ulisses. De acordo com a polícia, a mulher orientou o jovem a se aproximar do pai, com quem tinha pouco contato. O rapaz passou então a frequentar o restaurante do empresário e, pouco tempo depois, começou a pedir ao pai que fizesse um empréstimo bancário para estudar. Tanto insistiu que Rui acabou indo ao banco onde assinou não um financiamento estudantil, mas dois seguros de vida no nome do filho.
"Esses
dois seguros de vida tinham uma cláusula de pagamento em dobro em caso
de morte acidental e, por isso, eles acabaram forjando esse acidente com
o objetivo de receber o seguro em dobro", afirmou o delegado. O valor
dos seguros é de 1,26 milhão.
Menos de um mês depois de assinar as apólices, Rui foi encontrado morto
na caminhonete dele, às margens da SC-350. Para os investigadores, a
mulher planejou casa etapa do crime, entre elas fazer o assassinato
parecer um acidente de trânsito. Para isso, o corpo do homem foi posto
na caminhonete dele, na posição do motorista.
Conforme informações do Fantástico, Marli foi no banco de trás e
Ulisses, dirigindo na frente, ao lado do corpo do pai. A caminhonete foi
jogada em um matagal. "Um plano perfeito: o Rui teria um mal súbito,
cairia no barranco e morreria. E além disso, era o caminho que ele
sempre fazia para ir para casa", comentou o investigador de polícia
Pedro Dias.
Só
que dois meses depois, a polícia recebeu uma denúncia anônima pela
internet informando que Rui havia sido envenenado. Um exame toxicológico
revelou duas substâncias presentes no sangue da vítima: a
clorfeniramina, um tipo de antialérgico, e a levomepromazina, um
poderoso sedativo de uso controlado.
"A
provável causa da morte do Rui foi a ingestão combinada desses dois
medicamentos. A investigação comprova que ele não fazia uso, que ele não
precisava desses medicamentos. Então, a Marli, de forma dissimulada,
ministrou esses medicamentos a ele", afirmou o delegado.
Outros crimes
Há dois anos, a mulher também teria envenenado o agricultor Jocenir de Carvalho, segundo a família dele. A dona de casa Marinez de Carvalho Azeredo, irmã da vítima, conta que o ele foi convencido pela suspeita a fazer um seguro de vida no valor de R$ 195 mil. "A gente nunca soube desse seguro. Esse dinheiro ficou com a Marli", declara.
Há dois anos, a mulher também teria envenenado o agricultor Jocenir de Carvalho, segundo a família dele. A dona de casa Marinez de Carvalho Azeredo, irmã da vítima, conta que o ele foi convencido pela suspeita a fazer um seguro de vida no valor de R$ 195 mil. "A gente nunca soube desse seguro. Esse dinheiro ficou com a Marli", declara.
Antes de ser presa, a chamada viúva negra já havia atraído a suposta quinta vítima para sua teia.
Ele preferiu não se identificar. Desconfiou quando Marli começou a
falar, em apenas dois meses de namoro, em seguro de vida. "Fazia pouco
tempo que a gente se conhecia e ela veio com papo de fazer seguro,
insistiu e apresentou umas propostas. Ela disse que pagava o seguro e
tudo. Achei muito estranho. Daí, terminei o namoro e saí fora", disse o
ex-namorado.
Marli e Ulisses serão indiciados por quatro crimes, entre eles homicídio
duplamente qualificado por motivo torpe e meio insidioso e cruel,
fraude processual por forjar cena do acidente e tentativa de
estelionato.
Revisão na expectativa de vida vai mudar valor de novas aposentadorias
IBGE revisou para cima expectativa de vida dos brasileiros.
Mudança não atinge quem já está aposentado.
Os trabalhadores que pedirem aposentadoria por tempo de contribuição à
Previdência Social vão receber um benefício um pouco menor – ou terão
que trabalhar mais dias para receber o mesmo valor.
Isso acontece porque o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) revisou para cima, nesta segunda-feira (1º), a expectativa de
vida do brasileiro. Com isso, o Ministério da Previdência irá atualizar a
tabela do chamado "fator previdenciário", que é incluído no cálculo dos
benefícios.
A mudança vale apenas para as novas aposentadorias e não muda nada para quem já é aposentado. Procurado pelo G1, o Ministério ainda não informou quando a tabela do fator previdenciário entrará em vigor.
Segundo o IBGE, a expectativa de vida ao nascer subiu de 74,6 anos em 2012 para 74,9 no ano passado.
Houve elevação também da expectativa de sobrevida – ou seja, a
quantidade de anos estimada para cada faixa etária – para todas as
faixas etárias.
Como o fator previdenciário leva em conta a expectativa de vida dos
brasileiros – quanto maior a expectativa de sobrevida, menor o valor do
benefício, já que se espera que o contribuinte vá recebê-lo por mais
tempo – a mudança vai reduzir o valor dos benefícios.
Entenda o fator previdenciário
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