Um vídeo divulgado em redes sociais mostra um detento de 22 anos preso
por estupro sendo torturado dentro do presídio de Anápolis, a 55 km de
Goiânia.
Enquanto apanha, o homem, que está nu, é obrigado pelos agressores a
dizer que é tarado. “Eu sou um sem vergonha. Tarado sem vergonha”, diz a
vítima durante a gravação. Ele teve o intestino perfurado e foi
socorrido no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana). Segundo a
Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus), o detento
já teve alta médica e está isolado em uma cela no presídio. A agressão
ocorreu no dia 24 deste mês. O vídeo foi gravado por um celular e
divulgado nas redes sociais. As imagens mostram que ao menos dez homens
assistiam enquanto o preso era espancado. Um cabo de vassoura foi usado
durante o crime. Segundo o superintendente de Segurança Prisional do
presídio de Anápolis, o crime será investigado. Em nota, a Secretaria de
Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) afirma que
investigações preliminares identificaram detentos suspeitos de cometerem
o crime. Ao final da apuração, os suspeitos podem sofrer sanções
disciplinares. Além disso, também foi identificado um preso suspeito de
ter gravado as cenas. Segundo a Sapejus, ele deve responder pelo uso do
celular. Também será investigado como o aparelho utilizado para a
gravação entrou no presídio. Crimes Segundo a Polícia Civil, o homem
espancado foi preso porque se passava por fotógrafo para atrair jovens
entre 18 e 20 anos que eram violentadas na casa dele. Ele é apontado
como o autor de 11 crimes. “A história dele tem que ser analisada com
certa parcimônia porque ele possui um distúrbio mental e ele não chegou a
consumar a conjunção carnal com a maioria das vítimas”, diz o delegado
Manoel Vanderic. Vídeo rede social
A família do homem de 22 anos preso suspeito de cometer estupro e que
foi espancado por outros detentos dentro da cadeia de Anápolis, a 55 km
de Goiânia, procurou a Justiça na quinta-feira (31) para pedir que ele
cumpra a pena em prisão domiciliar. Eles tomaram essa decisão depois que
o vídeo em que o detento é torturado foi divulgado na internet.O pai do
jovem espancado, que não quis se identificar, afirma que houve falha da
Justiça por não preservar a integridade física do filho. “Uma prisão
domiciliar, poderia ser também uma internação, algum lugar que ele possa
realmente ser cuidado”, defende. Procurado pela reportagem, o poder
judiciário de Anápolis não se posicionou sobre o pedido da família
devido ao feriado municipal em comemoração aos 107 anos da cidade.
Mensagens trocadas entre os detentos por um aplicativo de celular
mostram que muitos deles têm acesso aos aparelhos dentro das celas. Nas
conversas flagradas pela Polícia Civil, os presos mostram desdém a quem
comete o crime de estupro. Em uma das mensagens, um dos homens diz:
“Também dou muito valor a estuprador não”. Após as agressões, o preso
espancado está isolado em uma cela, segundo a Secretaria de
Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus). O objetivo é evitar que
ele seja torturado novamente A Polícia Civil analisou as imagens e
disse que, além dos agressores, também vai indiciar os agentes
penitenciários que possam ter se omitido durante o ocorrido. “A história
da espancado tem que ser analisada com uma certa parcimônia porque ele
possuiu um distúrbio mental e ele não chegou a consumar conjunção carnal
com a maioria das vítimas”, acrescenta o delegado responsável pelo
caso, Manoel Vanderic. Tortura A agressão ocorreu no dia 24 deste mês. O
vídeo foi gravado pelo celular de outro preso e divulgado nas redes
sociais. As imagens mostram que ao menos dez homens assistiram ao
espancamento. Um cabo de vassoura foi usado durante o crime. Enquanto
apanha, o homem, que está nu, é obrigado pelos agressores a dizer que é
tarado. “Eu sou um sem vergonha. Tarado sem vergonha”, diz a vítima
durante a gravação. Ele teve o intestino perfurado e foi socorrido no
Hospital de Urgências de Anápolis (Huana). Em nota, a Secretaria de
Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) afirma que investigações
preliminares identificaram detentos suspeitos de cometerem o crime. Ao
final da apuração, os suspeitos podem sofrer sanções disciplinares. A
Sapejus informou, ainda, que os celulares que gravaram o espancamento já
foram identificados e recolhidos. Além disso, também foi identificado
um preso suspeito de ter gravado as cenas. Segundo a Sapejus, ele deve
responder pelo uso do celular. Também será investigado como o aparelho
utilizado para a gravação entrou no presídio. Crimes Segundo a Polícia
Civil, o homem espancado foi preso porque se passava por fotógrafo para
atrair jovens entre 18 e 20 anos que eram violentadas na casa dele. Ele é
apontado como o autor de 11 crimes. "A história dele tem que ser
analisada com certa parcimônia porque ele possui um distúrbio mental e
ele não chegou a consumar a conjunção carnal com a maioria das vítimas",
diz o delegado Manoel Vanderic. Morte Na quarta-feira (30), um detento
de 33 anos foi assassinado dentro de uma cela da Unidade Prisional de
Anápolis. O suspeito de cometer o crime é outro preso. Segundo a Polícia
Civil, o criminoso confessou ter assassinado o colega de cela. “Ele
disse que foi assediado pelo autor e que não aceita isso. E por ele ser
estuprador, também decidiu matá-lo”, informou ao G1 a titular da
Delegacia de Homicídios, Marisleide Santos. A vítima aguardava
julgamento por abuso de incapaz, já o autor do crime cumpre pena por
roubo. Eles estavam em uma cela com mais 15 detentos. Em nota, a Sapejus
informou que a direção da unidade “abriu sindicância para apurar as
circunstâncias e as responsabilidades sobre a morte do detento”. Fonte:
G1
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