Quatro tiros colocaram um ponto final em dois anos de um relacionamento
conturbado entre Thaís Falcão dos Reis, de 22 anos, e Valmir Silva
Louzada, de 27. É o que conta a família da jovem. O ex-sargento
paraquedista não se conformava com a separação, ocorrida há cerca de
três semanas e, segundo familiares, atirou na vítima quando ela retornou
à casa onde morava com ele, no Jardim Bangu, na Zona Oeste, para buscar
o restante dos pertences que deixara para trás, ao se mudar para a casa
da mãe, no mesmo bairro.
O crime ocorreu na sexta-feira, 13 dias após a jovem ter feito um
registro por ameaça contra o ex-companheiro, na 34ª DP (Bangu). Thaís,
que deu entrada em estado grave no Hospital Albert Schweitzer, em
Realengo, morreu na manhã de sábado no Hospital Getúlio Vargas, na
Penha, para onde foi transferida no mesmo dia. O enterro será hoje, às
10h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, também na Zona Oeste.
“Você não veio buscar suas coisas? Agora vai ficar com tudo”. Segundo
Lício Teixeira Gomes, de 21, casado com uma irmã da vítima, essas teriam
sido as últimas frases dita por Valmir à ex-companheira, antes de fazer
os disparos e fugir.
O paraquedista trabalha com o irmão da vítima numa firma de esquadrias.
Segundo familiares de Thaís, no período em que o casal esteve junto
ocorreram várias brigas, motivadas pelo ciúme.
— Na sexta-feira Valmir foi trabalhar, passou no meu setor, apertou
minha mão e tudo. No mesmo dia minha irmã me ligou para confirmar se ele
tinha ido trabalhar pois queria volta à casa para pegar as coisas dela.
Ela também recebeu ligações da mãe dele pedindo para que fosse buscar
suas coisas — contou o vidraceiro Thiago Falcão dos Reis, de 25 anos,
irmão de Thaís.
Thiago contou ainda que a irmã foi à casa onde morou e ao chegar lá foi
recebida por Valmir, que estava armado. Ainda segundo ele, a jovem foi
atingida por dois tiros na cabeça, um no peito e outro na perna. Thaís
deixa uma filha de 5 anos, de um relacionamento anterior.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 22ª DP (Penha) como
remoção para verificação de óbito, mas a investigação ficará a cargo da
34ª DP (Bangu).
extra.globo.com/casos-
Um policial de UPP morre e outros seis ficam feridos em ataques de bandidos
Um policial de UPP morreu e outros seis ficaram feridos depois de
ataques de bandidos ao longo deste domingo. Os casos ocorreram em ações
isoladas no Morro dos Macacos,
em Vila Isabel; na Ilha do Governador; na Vila Cruzeiro e em Irajá. Em
2014, no Rio, 74 policiais morreram, sendo 14 em serviço e 60 de folga.
No fim da noite, dois policiais da UPP Mangueira que estavam de folga
foram atacados na Estrada Coronel Vieira, em Irajá, por uma dupla numa
motocicleta. O sargento Flávio Figueiredo Lordello morreu no local. O
outro PM, não identificado, foi levado para o hospital e não há
informações sobre seu estado de saúde.
Os outros dois militares são agentes da UPP Vila Cruzeiro. Segundo
policiais, eles ficaram encurralados por bandidos na Rua Vinte e Três.
Durante a troca de tiros, um deles ficou ferido na perna e o outro na
barriga. A dupla foi levada para o Hospital Getúlio Vargas e passa bem,
de acordo com o comandante da unidade.
Dois dos militares feridos são da UPP do Macacos. Eles foram recebidos a
tiros por bandidos quando faziam um patrulhamento na Rua Senador
Nabuco. O soldado identificado como Eduardo foi atingido por um tiro de
raspão na cabeça e foi levado para o Hospital Central da Polícia
Militar. Ele teve alta em seguida. Já o soldado Valter Andrade, de 29
anos, levou um tiro de fuzil na coxa, que atingiu a veia femural. Ele
foi atendido no Hospital do Andaraí e seu estado de saúde é grave.
Em outro caso, o PM Claudio de Oliveira Reynaldo, de 40 anos, da UPP do
Alemão, teria sido sequestrado por traficantes após ser identificado
como policial durante um assalto, na Ilha.
Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, o policiamento no Morro
dos Macacos segue reforçado. A CPP não foi encontrada para comentar os
outros casos.
extra.globo.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário