A Polícia Federal
cumpre na manhã desta segunda-feira (29) mandados de busca e apreensão para
avançar na investigação sobre a atuação da chamada “Abin Paralela” no governo
de Jair Bolsonaro (PL).
Um dos alvos é
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente. Nessa
nova ação, a PF mira pessoas que foram destinatárias das informações produzidas
de forma ilegal pela agência de inteligência do governo federal.
Além de Carlos, os
policiais também investigam suposto uso da agência para favorecer Flávio e Jair
Renan. Em live neste domingo ao lado dos filhos Flávio, Carlos e Eduardo,
Bolsonaro negou que tenha criado uma “Abin paralela” para espionar adversários.
Carlos ainda não se manifestou sobre a operação desta segunda-feira.
Ação é um
desdobramento das operações Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia
Federal na última quinta-feira (25), e da Última Milha, realizada em outubro de
2023.
Ambas operações
envolvem o uso do software espião FirstMile pela Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) e produção de relatórios de inteligência no governo Bolsonaro.
A PF investiga se a
agência utilizou o software de geolocalização e se produziu relatórios sobre
ministros do STF, políticos e outros adversários do ex-presidente.
Na operação da
última quinta (25), o foco principal foram policiais que atuavam na Abin, em
especial no CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada durante a
gestão Bolsonaro. Ao todo, sete policiais federais foram alvos da ação. Foram
expedidos mandados de busca e apreensão inclusive contra Alexandre Ramagem,
diretor da agência na época em que o uso ilegal do software teria ocorrido.
O CIN foi criado
durante a gestão de Ramagem e teria produzido relatórios e utilizado do
FirstMile em favor de interesses do governo Bolsonaro. Ramagem é muito próximo
da família Bolsonaro, em especial de Carlos Bolsonaro, alvo da PF nesta
segunda-feira (29).
Nenhum comentário:
Postar um comentário