Zoonose é transmitida por animais silvestres conhecidos como 'rato da mata' e 'ratinho do arroz'
Uma criança de 11 anos morreu por hantavirose em Urubici, em Santa Catarina, no último dia 7 de setembro. A causa do óbito, porém, foi confirmada apenas nesta semana pela Secretaria Municipal da Saúde. A Pasta informou que um rato silvestre mordeu o menino antes dele contrair a zoonose.
Os animais das espécies Akodon sp e Oligoryzomys sp são conhecidos como "rato da mata" e "ratinho do arroz". Eles são diferentes dos ratos encontrados em ambientes urbanos.
A Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina pontuou que somente neste ano, o estado de Santa Catarina contabilizou cinco casos da doença, três deles evoluindo para óbito.
A pasta emitiu uma nota alertando sobre o aumento da população de roedores silvestres na Serra Catarinense, onde fica a cidade de Urubici, e indicando as medidas de controle para impedir a aproximação dos bichos.
"Roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores".
Transmissão e sintomas - O Ministério da Saúde estima que a taxa de letalidade média baseada nos números nacionais é de 46,5%. Homens de 20 a 39 anos são os mais acometidos. A doença tem prevalência em áreas rurais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Os roedores silvestres podem eliminar o vírus da hantavirose através da urina, saliva e das fezes. A transmissão também pode ocorrer por mordidas ou contatos com mucosa (boca ou nariz). A doença se manifesta em humanos na forma da Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus.
Na fase inicial da doença, que vai de 1 a 6 dias e pode se prolongar até 15 dias, o hantavírus provoca os seguintes sintomas: febre, mialgia, dor nas articulações, dor de cabeça, dor lombar, dor abdominal e sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos e diarreia).
O diagnóstico pode evoluir para a fase cardiopulmonar, que é um estágio mais severo da doença quando surge um quadro de tosse seca. Nesse caso, os sintomas são febre, dificuldade de respirar, respiração acelerada, aceleração dos batimentos cardíacos, tosse seca e pressão baixa.
Não existe um tratamento específico para as infecções por hantavírus. As medidas terapêuticas são fundamentalmente as de suporte, ministradas conforme cada caso por um médico profissional.
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