A variante Ômicron, do novo coronavírus, descoberta na última semana na África do Sul com 50 mutações, já chegou ao Brasil. Ao menos três casos de pessoas infectadas pela cepa foram identificados no estado de São Paulo. Os pacientes, porém, apresentam sintomas diferentes dos causados pela variante Delta, causadora da maioria dos casos recentes de Covid-19 no mundo.
A médica sul-africana Angelique Coetzee, que atendeu diversas pessoas com a variante antes que ela fosse descoberta, disse ter percebido uma mudança nos sintomas de seus pacientes. Ela defende ainda que a Ômicron causa apenas sintomas leves. Veja quais são eles:
– cansaço;
– dores musculares;
– coceira na garganta ou garganta arranhando;
– febre baixa (em poucos casos);
– tosse seca (poucos casos).
Mesmo com a declaração da médica, o que preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a nova cepa como uma variante de preocupação (VOC, na sigla em inglês), é a quantidade de mutações que a Ômicron possui. Das 50 alterações descobertas, 32 são na proteína Spike, principal ferramenta utilizada pelo vírus para penetrar nas células humanas.
A descoberta da variante veio em consonância com um aumento de casos na África do Sul, o que pode indicar que a Ômicron é mais transmissível do que a Delta. Não é possível, porém, relacionar o aumento de casos no país com a eficácia das vacinas, uma vez que apenas 25% da população sul-africana está completamente vacinada.
A proteína Spike também é o principal alvo das vacinas desenvolvidas até o momento, no entanto ainda é necessária a realização de estudos para saber a eficácia das vacinas disponíveis atualmente contra a nova variante.
(Pleno News)
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