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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Primeiro lote de vacinas contra H1N1 será distribuído no Ceará a partir de segunda

O Ceará participa da 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza de segunda-feira (23) até 1º de junho. O Ceará tem oito casos confirmados de influenza em 2018, até 14 de abril. São sete casos confirmados de influenza A H1N1 e um de influenza B. Três pessoas morreram, todos de influenza A H1N1.

As vacinas virão em seis etapas, e neste primeiro momento, serão 20%. No estado 2,3 milhões de pessoas devem ser vacinadas. Ao todo, 54,4 milhões de pessoas devem ser vacinadas em todo o país. O Dia D, quando há maior mobilização para vacinação, está marcado para 12 de maio.

De acordo com a Secretaria da Saúde, o Ceará deverá receber do Ministério da Saúde 600 mil doses de vacina da Influenza até o próximo dia 23, quando tem início a campanha de imunização. Isso representa cerca de 30% do total de doses que será recebido até o fim da campanha.

“É importante reforçar que temos vacina disponível para todas as pessoas que fazem parte do grupo prioritário. No ano passado não faltou vacina e neste ano também não faltará. Nosso objetivo é vacinar 100% do público-alvo”, concluiu o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. O Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, que serão distribuídas aos estados.

Grupo Prioritário
O grupo prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional.

Uma preocupação especial dentro do público-alvo é com as crianças entre seis meses e 5 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, o percentual de imunização deste segmento foi menor do que outros, como idosos com mais de 60 anos.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS, (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

“A vacina é tão segura que todas as pessoas de grupo de risco, inclusive as com imunidade fragilizada, têm indicação de tomar a vacina. É uma doença ainda responsável por muitos óbitos no Ceará, principalmente de pessoas nesses grupos de risco", explica o médico infectologista Anastácio Queiroz.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Prevenção
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).

A orientação dos especialistas é a adoção de cuidados simples como medida de prevenção como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, além de evitar locais com aglomeração de pessoas.

Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor, vermelhidão e endurecimento no local da injeção. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia relacionada a ovo de galinha e seus derivados.Também não é aconselhavel tomar a vacina se estiver com algum quadro virótico, como a gripe, por exemplo.

G1

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