Camilo receberá requerimento da Assembleia para investigação sobre as facções no CE
Encurralado diante do avanço da criminalidade no Ceará e o domínio das facções criminosas Comando Vermelho e PCC na periferia da Capital, o governador do estado, Camilo Santana (PT) pediu ajuda da Polícia Federal para reprimir a ação dos criminosos vindos do Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, acabou levando um não.
A PF informou que poderia auxiliar o Ceará no combate ao tráfico de drogas, mas quando à presença das facções, este assunto é da competência do Estado. Diante disso, o governador partiu para outra opção. Foi pedir ajuda à Justiça Federal e ao Ministério Público, bem como ao próprio ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, que esteve em Fortaleza há duas semanas.
Hoje, Camilo deverá participar da solenidade de posse do novo superintendente regional da PF no Ceará, Delano Bunn. No ato, estará presente o delegado-geral da PF, Leandro Daiello. Será uma nova oportunidade que o chefe do Executivo cearense terá para fazer mais um apelo de socorro diante do avanço das facções na Capital cearense.
O governador agora se acha em maus lenços. Na Assembleia Legislativa há um requerimento do deputado estadual Capitão Wagner (PR), solicitando a abertura de investigações por parte da Polícia Civil para apurar a chegada e a atuação das duas facções.
No ano passado, a mesma Assembleia solicitou de Camilo que requeresse a vinda da Força Nacional de Segurança (FNS) para auxiliar no combate ao crime. Ele sustentou que a presença da tropa da FNS era “desnecessária”. Terminou 2015 com mais de três mil assassinatos no Ceará e com o número recorde de 15 policiais mortos. Neste ano, já são cinco agentes da Segurança Pública assassinados.
Cabo
Enquanto Camilo Santana busca ajuda para sanar um problema que, a princípio, tentou negar diante da Imprensa, outro político já se mobiliza para buscar providências.
Trata-se do deputado federal Cabo Sabino, representante do Ceará na Frente Parlamentar da Segurança Pública na Câmara Federal. Ele já informou que pediu uma audiência com o ministro Eduardo Cardozo para tratar do assunto.
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