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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Fortaleza ganha o primeiro banco de pele de tilápia do País para tratamento de queimados


A Universidade Federal do Ceará (UFC) inaugurou, na manhã desta quinta-feira (13), em Fortaleza, o primeiro banco de pele animal do Brasil. O equipamento está alocado na sede do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), na rua Rua Coronel Nunes de Melo, no bairro Rodolfo Teófilo, e conta com uma equipe interdisciplinar de 70 profissionais, além do suporte do Instituto Doutor José Frota ( IJF) e do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ). 

O banco, recém-inaugurado, já conta atualmente com mil unidades da pele de tilápia esterilizadas, captadas no município de Jaguaribara, que vão beneficiar pacientes vítimas de queimaduras do Ceará e outros estados como Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, onde serão realizados estudos multicêntricos previstos para o segundo semestre de 2017.

Após a descoberta da eficácia da pele de tilápia no tratamento de pessoas com queimadura, também foi constatado que o custo médio gasto com pacientes tratados através da pele animal é em média 57,48% mais baixo que o grupo que usou sufaldiazinha de prata, medicamento tradicional no tratamento de queimaduras no Brasil. O curativo biológico de tilápia é usado em pacientes com queimaduras de segundo e terceiro graus.

Vantagens

A pele de tilápia tem como vantagem a diminuição dos procedimentos de troca de curativos, o que acarreta menos dor e desconforto ao longo do tratamento. Outro benefício é que a pele animal tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1 e 3, proteínas importantes no processo de cicatrização. O uso da pele de tilápia também evita contaminação bacteriana e perda de líquidos por exsudato, secreção de natureza inflamatória.

O estudo, financiado pela Enel, também é o primeiro de animal aquático do mundo estudado no tratamento de queimaduras, e tem a direção do médico e professor Odorico de Moraes, coordenador do NPDM; coordenação médica de Edmar Maciel, presidente do IAQ; e coordenação de enfermagem de Cybele Leontsinis, do Centro de Tratamento de Queimados do IJF. A idealização do projeto é do médico pernambucano e cirurgião plástico Marcelo Borges.

Veja como funciona o tratamento:
 
  


Fonte Diário do Nordeste

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