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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Café pode aumentar longevidade, segundo estudo


Café contém cerca de mil compostos químicos, incluindo antioxidantes
Pesquisas sugerem que consumo da bebida diminui risco de morrer por causa de doenças circulatórias e gastrointestinais, entre outros males. Benefício pode ser ainda maior para quem bebe de duas a três xícaras por dia.Cerca de 2,25 bilhões de xícaras de café são consumidas todo dia. Muitas vezes apontada como inimiga da saúde, a bebida pode, na verdade, prolongar a vida. Quem bebe café corre menos risco de morrer, especialmente em decorrência de doenças circulatórias e gastrointestinais, sugerem dois estudos publicados nesta segunda-feira (10/07).

De acordo com uma das pesquisas, conduzida pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e o Imperial College de Londres, benefícios para a saúde foram observados em dez países europeus com hábitos de consumo variados – do expresso italiano ao café com leite no Reino Unido.

Durante 16 anos, os pesquisadores analisaram dados coletados pela Pesquisa Europeia Prospectiva sobre Câncer e Nutrição (Epic, na sigla em inglês) de mais de 500 mil pessoas com mais de 35 anos de idade, habitantes dos dez países europeus.

O segundo estudo, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), inclui participantes de quatro grupos étnicos – brancos, afro-americanos, japoneses-americanos e latinos –, com diferentes estilos de vida. Em todos os quatro grupos, o café trouxe benefícios à saúde.

Segundo a pesquisa, as pessoas que bebem uma xícara por dia são 12% menos propensas a morrer – de males como câncer, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e doenças cardíacas, respiratórias ou de fígado – do que as que não consomem a bebida. O estudo sugere benefícios ainda maiores para quem bebe de duas a três xícaras de café por dia, com uma redução de 18% no risco de morte.

"Se você gosta de café, beba. Se não é um bebedor de café, avalie se deve começar", afirma Veronica Satiawan, professora de medicina preventiva da USC.

Com ou sem cafeína

Ambos os estudos, publicados na revista científica Annals of Internal Medicine, sugerem que tanto o café normal quanto o descafeinado fazem bem para a saúde.

O café é uma mistura de cerca de mil compostos químicos e, além de cafeína, contém polifenóis e outros compostos bioativos com propriedades antioxidantes benéficas para o organismo. Portanto, "um efeito protetor do café é plausível do ponto de vista biológico", apontam editores do Annals of Internal Medicine.

Os pesquisadores do Imperial College de Londres constataram que quem bebe café tem o fígado mais saudável e melhores respostas imunológicas. No entanto, os cientistas ainda não sabem que substâncias exatamente causam tais efeitos.

Quanto mais café se bebe, mais se vive?

Infelizmente não há garantia de que o café terá o mesmo efeito em todos os organismos. O que os pesquisadores fizeram foi observar centenas de milhares de consumidores e não consumidores da bebida por um período de 16 anos e registrar quem morreu em que idade e por que motivo.

A análise estatística permite que cientistas apontem se algo é benéfico para a saúde, como se exercitar regularmente, ou se pode levar à morte, como fumar. Mas se trata apenas de um guia sobre as probabilidades mais altas registradas no momento da pesquisa.

"Devido às limitações da pesquisa observacional, não estamos no estágio de recomendar que as pessoas bebam mais ou menos café", afirma Marc Gunter, da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. "Sendo assim, nossos resultados sugerem que o consumo de café moderado não é prejudicial à saúde e que incorporar café à dieta pode trazer benefícios à saúde", conclui.

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