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sábado, 30 de janeiro de 2016

MPCE quer explicação sobre anúncio de fechamento de 10 escolas no Crato – notícias em Ceará


MPCE quer explicação sobre anúncio de fechamento de 10 escolas no Crato - notícias em Ceará
O Ministério Público do Ceará (MPCE) vai investigar o anúncio feito pela Prefeitura do Crato, no sul do Ceará, do fechamento de 10 escolas na zona rural do município. A denúncia foi recebida pelo promotor de Justiça David Moraes, do MP no Crato, que oficiou a prefeitura para que preste esclarecimentos sobre o fechamento das escolas em um prazo de dois dias. A Prefeitura do Crato deverá se manifestar sobre o assunto na segunda-feira (1º).
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No início desta semana, a Secretaria de Educação do Crato informou à direção das escolas sobre o fechamento de 10 unidades. Cerca de 500 crianças de 3 a 12 anos podem ficar fora da sala de aula já em 2016. A medida afeta a vida de 200 famílias, na sua maioria agricultores, que moram na região.
“Sei que é difícil fechar escola, reordenar a rede. Mas o que estou buscando é uma solução para a falta de recursos para que eu possa pagar a folha em dia. Faz-se necessário [o fechamento] pela crise que nós vivemos”, alega o secretário de Educação, Ronaldo Bacurau.
Professores contestam
“Fala-se em contenção de despesas, mas a gente sabe que não é, porque educação não é despesa, é investimento”, diz a professora Aparecida Nascimento.
A Prefeitura do Crato, por meio da assessoria, disse que vai tentar remanejar os alunos para outras unidades de ensino e que o ano letivo de 2016 já está suspenso. Uma das alternativas oferecida aos pais é a transferência dos alunos para escolas localizadas na sede do município, para onde iriam em transporte escolar. A proposta, no entanto, não foi bem recebida.
“A educação é um direito constitucional e estão tirando esse direito das crianças daqui. Nós sabemos que transporte escolar de qualidade não existe e o acesso para essas crianças pegarem o ônibus é distante”, lamenta a professora Aparecida Nascimento.
A Prefeitura do Crato diz também que ainda não decidiu se os servidores das unidades que serão fechadas serão remanejados para outras unidades. O objetivo, segundo a prefeitura, é evitar demissões.

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