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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Morre em Juazeiro do Norte o Coronel Macedo que era membro de tradicional família no Cariri



O Coronel da Polícia Militar Hervano Macedo Júnior morreu no final da manhã desta quinta-feira aos 52 anos em sua residência no bairro Lagoa Seca em Juazeiro do Norte. Ele foi comandante das companhias militares de Crato e Brejo Santo, dos Batalhões de Crateús e Juazeiro do Norte, da Companhia de Policiamento do Interior (CPI-Sul) e, por último, Comandante Geral Adjunto da PM no Ceará. O velório acontece no Centro de Velório Anjo da Guarda com sepultamento ali mesmo na tarde de sexta-feira após missa de corpo presente agendada para às 16 horas.
No último dia 16 de novembro, Coronel Macedo foi exonerado do cargo de Comandante Geral Adjunto pelo governador Camilo Santana que atendeu pedido do próprio militar em virtude das suas condições de saúde e a necessidade de se afastar do cargo para ampliar o tratamento na batalha contra um câncer. Na oportunidade, passou para a reserva e foi condecorado pelo governador com uma medalha por seus 32 anos de atividades na Polícia Militar do Ceará.
Ele era natural de Milagres e membro de uma das mais tradicionais famílias do Cariri com incursões na política, na medicina e na polícia. O próprio pai do Coronel Macedo foi vereador em Milagres e ele era irmão do atual Comandante do 2º BPM (Batalhão Policial Militar), Coronel Paulo Herman Macedo. Agora há pouco, o Coronel Edson Rebouças, Subchefe da Casa Militar do Governo do Estado, divulgou a seguinte nota dirigida aos milicianos:
Foi com profundo pesar que recebi a notícia do falecimento do coronel Hervano Macedo, contemporâneo de escola e meu comandante em duas oportunidades. A minha tristeza é profunda, especialmente pelo tempo em que trabalhamos juntos em Juazeiro do Norte (94/97), Crato (97/99) e na CPI (2011/2014). Nesse tempo de PM, nunca encontrei um oficial tão disposto, dedicado, exigente, firme nas situações opostas, duro nas medidas e justo nas decisões.
A coragem para trabalhar e servir era tremenda, ao ponto de desbravar pelas madrugadas o interior do Estado, que conhecia como nenhum outro. Foi comandante de todos os batalhões do interior, muitas companhias, batalhões na capital, comandante do CPI e Comandante-geral adjunto. Oficial afeito à operacionalidade e homem vocacionado ao militarismo, sendo formado na escola antiga em que a hierarquia e a disciplina sempre foram as pilastras de sua conduta exemplar.
Excelente pai, cidadão de bem e cumpridor ferrenho de suas obrigações. Devo enfatizar que foi para mim um exemplo de comandante. Discordávamos em algumas questões, mas nos respeitávamos e, no final, tudo sempre dava certo. Me dizia sempre que, na reserva, iria cuidar ainda mais de sua família, estando mais próximo de todos que amava. Recentemente, perdera sua mãe e sofreu muito, mas firme, como sempre, soube conviver superando a ausência dolorida.
Cumpriu sua missão na ativa por 33 anos dia a dia  já que era Sargento de 1983, passando para a reserva no ano passado. Porém, em pouco tempo, foi chamado para uma missão muito mais importante, já que o comandante supremo de todos: Deus do infinito, entendeu que a presença dele no paraíso era necessária, mesmo com a dor sofrida, impiedosa e mortal, e especialmente com a distância irremediável de seus entes queridos aqui na terra. Já bastante frágil, ainda encontrava forças para acessar os relatórios do CPI e orientar aos que precisavam.
Caro comandante Macedo, meus cumprimentos militares por tudo que o senhor fez na ativa pela PM e a sociedade Alencarina. Ao buscar adjetivos para elogiá-lo, esbarro em minhas limitações intelectuais e emocionais. A minha fraqueza nesse momento esbarra na força que o senhor teve para suportar tanta dor. Descanse em paz nobre e valoroso comandante. A família policial militar perdeu fisicamente um grande oficial, mas, em nossas memórias, serás eterno.


Miseria

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