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sábado, 4 de julho de 2015

Líder tucano prevê posse de Cunha, após cassação de Dilma e de Temer no TSE


Antonio Cruz/ABrEm discurso feito na tribuna do Senado na noite passada, o senador paraibano Cássio Cunha Lima, líder do PSDB, tratou Dilma Rousseff como uma presidente em estado terminal. Lembrou que o empreiteiro-delator Ricardo Pessoa, dono da UTC, vai depor em 14 de julho na ação em que o TSE investiga se houve irregularidades na campanha da presidente petista. E relatou o cenário esboçado pelo tucanato:
“Acreditamos firmemente que, já no próximo semestre, haverá o julgamento que poderá cassar o diploma da presidente Dilma Rousseff e o do vice-presidente Michel Temer. Assume, pelo comando constitucional, por três meses, o presidente da Câmara.” Nesse vaticínio, Eduardo Cunha teria 90 dias para convocar novas eleições, como prevê a Constituição para os casos de interrupção dos mandatos executivos nos primeiros dois anos de governo.
“O que o PSDB defende são novas eleições”, afirmou Cunha Lima. “O próprio ex-presidente Lula poderá disputar. Ele vai poder se submeter à soberania do povo brasileiro. É isto o que nós queremos: novas eleições.”
Cunha Lima foi à tribuna para rebater críticas que o líder do PT, senador HumbertoCosta, fizera mais cedo. Irritado com o apoio do PSDB às manobras regimentais patrocinadas por Eduardo Cunha para aprovar a redução da maioridade penal na Câmara, Humberto dissera que o tucanato rendera-se à tática do “quanto pior, melhor”, abandonando inclusive o apreço que tinha pela responsabilidade fiscal. “Virou agora um grupo que vota por medidas de estouro das contas públicas e que aplaude pautas que se propõem a levar o país à bancarrota.”
Em resposta, o líder tucano insinuou que falta nexo ao seu antagonista. Recordou que na véspera, ali mesmo, no plenário do Senado, fora aprovado por unanimidade o projeto que concede aos servidores do Judiciário reajuste médio de 59,5%. O custo para o Tesouro foi estimado em mais de R$ 25 bilhões em quatro anos. Todos sabem que Dilma terá de vetar. A despeito disso, Humberto foi ao microfone para liberar os votos da bancada do PT.
“Durante toda a sessão, e ela foi transmitida ao vivo pela TV Senado, o senador Humberto Costa e outros membros do PT encaminharam contra a matéria, dizendo que ela teria um grande impacto. Surpreendentemente, na hora de votar a matéria […], qual foi o encaminhamento que o líder do PT no Senado, Humberto Costa, fez? Liberou a bancada. Tanto é que o placar registrou 62 votos ‘sim’ e nenhum voto ‘não’. Está registrado.”
“Na prática”, ironizou o líder tucano, “o PT contribuiu para que a matéria que ele disse que era uma irresponsabilidade fosse aprovada à unanimidade.” Cunha Lima atribuiu as críticas de Humberto ao desespero. E parafraseou seu pai, Ronaldo Cunha Lima, dedicando ao governo petista um raciocínio que era dirigido ao regime militar. “O governo do PT não será derrubado, porque ele não é uma estrutura, ele será limpo com benzina, porque é uma mancha.”
Como se vê, está encarniçado o embate no Senado.
/josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/

Eduardo Cunha pretende votar Projeto de Lei que revoga o Estatuto Desarmamento: Câmara instala comissão para debater fim do Estatuto do Desarmamento


Comissão a ser instalada nesta terça discutirá como facilitar porte de arma.
Proposta prevê que quem cumprir requisitos poderá andar armado nas ruas.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília

Câmara dos Deputados instala nesta terça-feira (14) uma comissão especial para debater o projeto de lei 3722/2012, que revoga o Estatuto do Desarmamento e estabelece regras mais brandas para o porte de arma de fogo.
O texto começou a ser debatido no ano passado, mas parlamentares  do PT contrários às mudanças obstruíram as sessões e conseguiram impedir a votação.
Com o início da nova legislatura, uma nova comissão foi criada pela presidência da Câmara para debater o projeto. Na primeira reunião, marcada as 14h30 desta terça, serão eleitos o presidente e o relator do projeto.
Esse projeto é importante porque a própria Constituição dá o direito de autodefesa para o cidadão. Eu não quero armar a população, quero que as pessoas com condições técnicas para isso possam ter o acesso às armas."
Deputado Peninha Mendonça (PMDB-SC), autor da proposta
De acordo com o deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), autor da proposta que derruba o Estatuto do Desarmamento, há um entendimento para que o deputado Marcos Montes (PSD-MG) presida a comissão. O relator do texto, segundo Peninha Mendonça, deverá ser o deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG). 
“A ideia é usar o primeiro semestre deste ano para fazer audiências, e votar o projeto na comissão e no plenário da Câmara no segundo semestre”, afirmou Peninha. O projeto do parlamentar de Santa Catarina prevê idade mínima de 21 anos para a compra de armas. Atualmente, é preciso ter 25 anos.
O texto também torna automática a concessão da arma, com porte pelo período de oito anos, se o requerente cumprir os requisitos legais. As exigências são: ter mais de 21 anos; não possuir antecedentes criminais pela prática de infração penal dolosa; não estar sendo investigado em inquérito policial por crime doloso contra a vida ou mediante coação, ameaça ou qualquer forma de violência; ter participado com êxito de curso básico de manuseio de arma de fogo e iniciação ao tiro; e estar em pleno gozo das faculdades mentais, comprovável mediante atestado expedido por profissional habilitado.
Revogar a lei é colocar a vida de todos os brasileiros em risco [...]. Mais cidadãos armados não trazem nenhum impacto para a redução de crimes patrimoniais e ainda contribuem para um aumento dos homicídios."
Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz
Pelo Estatuto do Desarmamento, após comprovar o cumprimento dos requisitos o requerente também precisa demonstrar a necessidade de ter a arma. A decisão final sobre a concessão do porte é da Polícia Federal.
“No regime atual, a pessoa passa por isso tudo e ainda assim depende de decisão da Polícia Federal. Queremos acabar com a discricionariedade. Se passar por todos esses pedidos, terá o direito automático à arma”, disse o deputado Peninha Mendonça.
O projeto prevê que cidadãos com licença de porte poderão andar com a arma pelas ruas. O Estatuto só autoriza a andar armados nas ruas os policiais, militares e profissionais que precisam da arma para trabalhar. O porte ilegal de arma de fogo é crime inafiançável e pode levar a até seis anos de prisão.
Outra mudança prevista pelo projeto é a autorização para que o cidadão tenha até 9 armas e cerca de 5.400 munições por ano. Será autorizada ainda a publicidade de armas e munição, o que hoje é proibida.
Críticas
Doze organizações ligadas à sociedade civil lançaram um manifesto contra a revogação do Estatuto do Desarmamento. O documento é assinado por entidades de defesa dos direitos humanos e contra a violência, como Viva Rio, Instituto Sou da Paz, Conectas, Instituto Igarapé, além de secretários de Estado e especialistas da área.
Em nota divulgada nesta segunda, o Instituto Sou da Paz diz que o aumento das armas em circulação nas ruas do país poderá elevar os homicídios. “Revogar a lei é colocar a vida de todos os brasileiros em risco”, diz o diretor-executivo da entidade, Ivan Marques.
Já o autor da proposta afirma que é preciso dar aos cidadãos o direito de se defender de criminosos. “Eu considero que esse projeto é importante porque a própria Constituição dá o direito de autodefesa para o cidadão. Eu não quero armar a população, quero que as pessoas com condições técnicas para isso possam ter o acesso às armas”, afirmou o deputado Peninha Mendonça.
Mas, para o Instituto Sou da Paz, “o argumento de que mais cidadãos armados ajudam a reduzir crimes é falacioso”. “Mais cidadãos armados não trazem nenhum impacto para a redução de crimes patrimoniais, e ainda contribuem para um aumento dos homicídios”, diz Ivan Marques.

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