Aline (Vanessa Giácomo) engana Ninho (Juliano Cazarré) e o esfaqueia na cama (Foto: TV Globo / Divulgação)
Em cena que vai ao ar nesta segunda-feira (27) em Amor à Vida, Aline
(Vanessa Giácomo) esfaqueará e torturará Ninho (Juliano Cazarré).
A vilã está com tudo pronto para fugir do País e já planeja uma vida de luxo na Bélgica após ser desmascarada, mas Ninho não faz parte dos planos dela. Quando encontra o amante no galpão, Aline pede para os dois aproveitarem o tempo juntos antes de irem para o aeroporto. Enganado, ele deixa ser amarrado na cama e não percebe que ela esconde uma faca atrás das costas.
Com sangue frio, Aline crava o objeto faca na barriga do amante e não se contenta com apenas um golpe. Sádica, ela tortura Ninho, que fica em choque. "Estou indo. Vou trancar a porta por fora. Você vai apodrecer aqui sozinho, Ninho. Aproveita, é o teu túmulo", dispara Aline, que pega a mala e vai embora. "Adeus, babaca", ela finaliza.
Fonte: Terra
A vilã está com tudo pronto para fugir do País e já planeja uma vida de luxo na Bélgica após ser desmascarada, mas Ninho não faz parte dos planos dela. Quando encontra o amante no galpão, Aline pede para os dois aproveitarem o tempo juntos antes de irem para o aeroporto. Enganado, ele deixa ser amarrado na cama e não percebe que ela esconde uma faca atrás das costas.
Com sangue frio, Aline crava o objeto faca na barriga do amante e não se contenta com apenas um golpe. Sádica, ela tortura Ninho, que fica em choque. "Estou indo. Vou trancar a porta por fora. Você vai apodrecer aqui sozinho, Ninho. Aproveita, é o teu túmulo", dispara Aline, que pega a mala e vai embora. "Adeus, babaca", ela finaliza.
Fonte: Terra
Estado deve vender usina no Cariri para americanos
Sérgio de Sousa
Como precisará adquirir cana-de-açúcar para sua produção, segundo o
governo estadual, a usina deverá gerar benefício social à região do
Cariri, já que em um raio de 100 quilômetros existem cerca de mil
produtores de cana. (Foto: Elizângela Santos)
O Governo do Ceará busca investidor privado para a usina de etanol
adquirida em junho passado pela Agência de Desenvolvimento Econômico do
Estado (Adece). O empreendimento, localizado no município de Barbalha,
já chegou a empregar 1.600 trabalhadores na década de 1990 e precisa,
agora, de até R$ 35 milhões para que seja recuperado. Dois empresários
americanos já demonstraram interesse.
Restauração
“Houve uma decisão do governo de que a restauração da usina fique a cargo do empresário que a assuma. Ainda não está definido todo o processo, mas o governo ou vende para a empresa ou participa de uma sociedade, com o valor que já foi investido na compra da usina”, explica o presidente da Adece, Roberto Smith. A Usina Manoel Costa Filho, como é denominada, foi arrematada em leilão promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE) ao valor de R$ 15,48 milhões.
Desativação
O equipamento foi desativado em 2004, por conta de dívidas trabalhistas. Segundo Smith, o valor para a recuperação da usina está orçado entre R$ 25 milhões e R$ 35 milhões.
“Além disso, tem o investimento na preparação da área agrícola, de oito mil hectares, que podem ser alugados ou comprados pelo investidor”, explica.
Arrendamento
Estas terras não ficam, entretanto, contíguas à usina, mas pertencem a proprietários nos arredores que já demonstraram ao governo estadual disposição para arrendá-las. Conforme Smith, a produção de açúcar e álcool deverá ser feita de uma forma mais mecanizada, por motivos de economia de custos.
Desta forma, não deverá ser responsável por uma grande geração de empregos, a despeito do que chegou a ser no passado. Todavia, como precisará adquirir cana-de-açúcar para sua produção, a usina deverá gerar benefício social à região do Cariri, uma vez que esta, em um raio de 100 quilômetros, abrange 19 municípios que têm aproximadamente mil produtores de cana-de-açúcar, conforme já informou o titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins.
Recursos hídricos em 2015
Contudo, mesmo que a aquisição da usina seja feita a curto prazo, a sua viabilização só poderá ocorrer após o primeiro semestre de 2015. Isso porque esse é o prazo previsto para que cheguem os recursos hídricos necessários ao equipamento, que virão por meio do Cinturão das Águas, que passará a três quilômetros da usina.
Investidores
O presidente da Adece informou que já existem investidores de olho na usina cearense. “O Alexandre Pereira (presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado - Cede) está participando de uma missão no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e me telefonou, dizendo que existem dois empresários de lá que estão interessados no empreendimento”, informou. Além destes, Smith acrescentou que também existem outros com os quais a Adece já vem mantendo conversações.
Cifras
15,4 milhões de reais foi quanto o governo estadual pagou ao arrematar a Usina Manoel Costa Filho, como é denominada, em leilão em junho de 2013.
25 milhões de reais é o valor mínimo necessário estimado para a recuperação da usina no Cariri, que pode chegar a R$ 35 milhões.
Fonte: Diário do Nordeste
Restauração
“Houve uma decisão do governo de que a restauração da usina fique a cargo do empresário que a assuma. Ainda não está definido todo o processo, mas o governo ou vende para a empresa ou participa de uma sociedade, com o valor que já foi investido na compra da usina”, explica o presidente da Adece, Roberto Smith. A Usina Manoel Costa Filho, como é denominada, foi arrematada em leilão promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE) ao valor de R$ 15,48 milhões.
Desativação
O equipamento foi desativado em 2004, por conta de dívidas trabalhistas. Segundo Smith, o valor para a recuperação da usina está orçado entre R$ 25 milhões e R$ 35 milhões.
“Além disso, tem o investimento na preparação da área agrícola, de oito mil hectares, que podem ser alugados ou comprados pelo investidor”, explica.
Arrendamento
Estas terras não ficam, entretanto, contíguas à usina, mas pertencem a proprietários nos arredores que já demonstraram ao governo estadual disposição para arrendá-las. Conforme Smith, a produção de açúcar e álcool deverá ser feita de uma forma mais mecanizada, por motivos de economia de custos.
Desta forma, não deverá ser responsável por uma grande geração de empregos, a despeito do que chegou a ser no passado. Todavia, como precisará adquirir cana-de-açúcar para sua produção, a usina deverá gerar benefício social à região do Cariri, uma vez que esta, em um raio de 100 quilômetros, abrange 19 municípios que têm aproximadamente mil produtores de cana-de-açúcar, conforme já informou o titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins.
Recursos hídricos em 2015
Contudo, mesmo que a aquisição da usina seja feita a curto prazo, a sua viabilização só poderá ocorrer após o primeiro semestre de 2015. Isso porque esse é o prazo previsto para que cheguem os recursos hídricos necessários ao equipamento, que virão por meio do Cinturão das Águas, que passará a três quilômetros da usina.
Investidores
O presidente da Adece informou que já existem investidores de olho na usina cearense. “O Alexandre Pereira (presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado - Cede) está participando de uma missão no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e me telefonou, dizendo que existem dois empresários de lá que estão interessados no empreendimento”, informou. Além destes, Smith acrescentou que também existem outros com os quais a Adece já vem mantendo conversações.
Cifras
15,4 milhões de reais foi quanto o governo estadual pagou ao arrematar a Usina Manoel Costa Filho, como é denominada, em leilão em junho de 2013.
25 milhões de reais é o valor mínimo necessário estimado para a recuperação da usina no Cariri, que pode chegar a R$ 35 milhões.
Fonte: Diário do Nordeste
Escuta revela negociação do prefeito de Coari (AM) para conhecer jovem
Nesse domingo (26), o Fantástico voltou a falar das acusações ao
prefeito de Coari, no Amazonas, de envolvimento com uma rede de
exploração sexual de menores. Depois das denúncias que apresentamos na
semana passada, outras vítimas vieram a público contar o que passaram. A
reportagem é de Giuliana Girardi, Monica Marques e Walter Nunes.
Adail Pinheiro, 51 anos, pai de três filhos, cumpre o terceiro mandato como prefeito de Coari, no interior do Amazonas. É acusado entre outros crimes, de pedofilia.
“Nunca fiz, não faço, nem nunca farei. Eu desafio quem quer que seja a provar que alguma vez eu cometi um crime dessa natureza”, diz Adail Pinheiro, prefeito de Coari.
Em uma gravação telefônica de agosto de 2007, Adail Pinheiro conversa com Adriano Salan, na época Secretário de Administração da Prefeitura de Coari. Eles falam sobre uma jovem que Adriano tinha acabado de conhecer.
Adriano: é um bebê, agora que olhei direito, que bebezinho.
Adail: traga logo aqui para eu ver logo.
Adriano: meu irmão é um bebê chefe, que sorriso lindo, branquinho, branquinho. Deixa a gengiva vermelhinha, cabelão.
Adail: ai meu Deus, traga.
Adriano: teu número, patrão. Eu vou levar aí.
A conversa é uma das provas contra Adail. A Polícia Federal gravou, com autorização da Justiça, vários telefonemas do prefeito e do grupo que, de acordo com as investigações, identificava e aliciava as vítimas para ele.
Aliciador: essa menina é da alta sociedade, coisa de doido, bicho, tu vai enlouquecer, tu vai me dar é uns três paus pra namorar com essa mulher.
Adriano: então um dia, apresenta pro chefe, parceiro; isso é coisa pro chefe, não é pra mim.
Aliciador: essa aqui é mulher pra ti, não é pro chefe, é mulherão mano; o chefe gosta de dente pequeno.
Quase seis anos se passaram desde o fim das investigações. E tudo continua do mesmo jeito. Novas denúncias continuam chegando ao Ministério Público, como o Fantástico mostrou no domingo (19).
“Dali ele me levou pro quarto. E me estuprou, porque eu pedi pra ir embora”, conta uma jovem. Ela revela que, nessa época, tinha 10 anos.
“Lamentavelmente, constatamos que realmente a violência vem se dando de forma reiterada. Nós não estamos trabalhando com fatos antigos, nós estamos trabalhando com situações novas”, afirma Leda Mara Albuquerque, promotora.
Entre as vítimas, está uma menina de 13 anos que o Fantástico mostrou no domingo (19), em um vídeo gravado pelo Conselho Tutelar.
Esta semana, o Fantástico localizou a adolescente. Segundo os promotores, ela tinha sido prometida ao prefeito para a noite do último réveillon. Mas conseguiu fugir.
Fantástico: Você tá com medo?
Menina: Eu fiquei assustada, quem é que não fica assustada numa situação dessas? Eu tenho medo que ele faça isso com outras meninas ou tente fazer.
Esta semana, uma outra vítima procurou o Ministério Público pra denunciar Adail Pinheiro. Ela contou que foi abusada diversas vezes e que tinha apenas 11 anos quando foi forçada pela primeira vez a ter relações íntimas com o prefeito.
“O que nós estamos fazendo agora nesse momento é ouvindo novas vítimas, pessoas novas em relação a um investigado antigo”, diz Leda Mara Albuquerque.
Na semana passada, Adail marcou uma entrevista ao Fantástico, mas desistiu na última hora. Esta semana, ligamos novamente para o advogado dele.
Fantástico: A gente gostaria de ouvir o prefeito.
Advogado: Amanhã de manhã eu ligo para o prefeito e entro em contato com você.
Não houve resposta. Em entrevista na quinta-feira passada à Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo, Adail afirmou que as denúncias são fabricadas.
“Nunca paguei por sexo com menor de idade. Eu tenho duas filhas. E jamais cometeria esse tipo de crime contra crianças e adolescentes da minha cidade. Na minha avaliação é extremamente produzida pelos meus adversários, com objetivo único de macular a minha imagem e honra pra me jogar contra a opinião pública”, afirmou Adail Pinheiro, prefeito de Coari.
“Nós temos aqui uma série de declarações de jovens, de adolescentes, que nem todas estão ligadas entre si. O que eu percebo sim e vou ser bem sincera a você que é uma tentativa dele de desqualificar essas pessoas que estão sendo ouvidas nesse procedimento investigatório”, diz a promotora.
Adail responde a 70 processos. Entres eles, a formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, fraudes em licitações e crimes sexuais.
“Processos que ficaram em caixas de papelão por mais de um ano e meio sem nenhum tipo de movimentação”, afirma Gilberto Valente Martins, conselheiro do CNJ.
Representantes do Conselho Nacional de Justiça passaram a semana em Manaus, tentando entender por quê.
O Conselho Nacional de Justiça constatou uma demora muito grande no andamento dos processos contra Adail Pinheiro, no Tribunal de Justiça do Amazonas. Três deles são de favorecimento à prostituição. O conselho vai ouvir juízes e desembargadores, quer saber o motivo de tanta lentidão.
“Não tem nenhum processo relacionado à pedofilia, principalmente, na Comarca de Coari, que estejam aptos pra serem julgados agora”, diz Gilberto Valente Martins.
O Fantástico procurou o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Ari Moutinho. Ele enviou uma nota, dizendo que vai aguardar o relatório do CNJ e os pedidos de providência para, então, tomar as medidas pertinentes.
“Pode estar havendo sim algum tipo de mecanismo para dar uma blindagem a este prefeito. Até porque vários magistrados vêm se afastando sistematicamente desses processos por motivo de foro íntimo pra não julgar este prefeito”, destaca o conselheiro do CNJ.
Adriano Salan, o ex-secretário de administração de Coari, que aparece em grande parte das gravações, é apontado pela polícia como uma das pessoas que atuam para atrasar os processos. Era oficial de Justiça, mas foi exonerado na segunda-feira, um dia depois de a reportagem do Fantástico ir ao ar. Entramos em contato com ele.
“Eu te ligo confirmando se eu vou gravar ou não”, disse.
Ele não ligou.
Fantástico: Há duvida da ação desse homem, do prefeito de Coari?
Leda Mara Albuquerque: Você está perguntando pra quem está investigando e por tudo o que eu já ouvi aqui eu digo que não.
“Eu quero que dessa vez seja feito Justiça sim. Que ele pague por todos os crimes, pelas crianças que ele abusou, que ele estuprou, porque foi isso que ele fez comigo. Que seja feita Justiça de verdade”, ressalta uma menina.
Fonte: Site do Fantástico
Adail Pinheiro, 51 anos, pai de três filhos, cumpre o terceiro mandato como prefeito de Coari, no interior do Amazonas. É acusado entre outros crimes, de pedofilia.
“Nunca fiz, não faço, nem nunca farei. Eu desafio quem quer que seja a provar que alguma vez eu cometi um crime dessa natureza”, diz Adail Pinheiro, prefeito de Coari.
Em uma gravação telefônica de agosto de 2007, Adail Pinheiro conversa com Adriano Salan, na época Secretário de Administração da Prefeitura de Coari. Eles falam sobre uma jovem que Adriano tinha acabado de conhecer.
Adriano: é um bebê, agora que olhei direito, que bebezinho.
Adail: traga logo aqui para eu ver logo.
Adriano: meu irmão é um bebê chefe, que sorriso lindo, branquinho, branquinho. Deixa a gengiva vermelhinha, cabelão.
Adail: ai meu Deus, traga.
Adriano: teu número, patrão. Eu vou levar aí.
A conversa é uma das provas contra Adail. A Polícia Federal gravou, com autorização da Justiça, vários telefonemas do prefeito e do grupo que, de acordo com as investigações, identificava e aliciava as vítimas para ele.
Aliciador: essa menina é da alta sociedade, coisa de doido, bicho, tu vai enlouquecer, tu vai me dar é uns três paus pra namorar com essa mulher.
Adriano: então um dia, apresenta pro chefe, parceiro; isso é coisa pro chefe, não é pra mim.
Aliciador: essa aqui é mulher pra ti, não é pro chefe, é mulherão mano; o chefe gosta de dente pequeno.
Quase seis anos se passaram desde o fim das investigações. E tudo continua do mesmo jeito. Novas denúncias continuam chegando ao Ministério Público, como o Fantástico mostrou no domingo (19).
“Dali ele me levou pro quarto. E me estuprou, porque eu pedi pra ir embora”, conta uma jovem. Ela revela que, nessa época, tinha 10 anos.
“Lamentavelmente, constatamos que realmente a violência vem se dando de forma reiterada. Nós não estamos trabalhando com fatos antigos, nós estamos trabalhando com situações novas”, afirma Leda Mara Albuquerque, promotora.
Entre as vítimas, está uma menina de 13 anos que o Fantástico mostrou no domingo (19), em um vídeo gravado pelo Conselho Tutelar.
Esta semana, o Fantástico localizou a adolescente. Segundo os promotores, ela tinha sido prometida ao prefeito para a noite do último réveillon. Mas conseguiu fugir.
Fantástico: Você tá com medo?
Menina: Eu fiquei assustada, quem é que não fica assustada numa situação dessas? Eu tenho medo que ele faça isso com outras meninas ou tente fazer.
Esta semana, uma outra vítima procurou o Ministério Público pra denunciar Adail Pinheiro. Ela contou que foi abusada diversas vezes e que tinha apenas 11 anos quando foi forçada pela primeira vez a ter relações íntimas com o prefeito.
“O que nós estamos fazendo agora nesse momento é ouvindo novas vítimas, pessoas novas em relação a um investigado antigo”, diz Leda Mara Albuquerque.
Na semana passada, Adail marcou uma entrevista ao Fantástico, mas desistiu na última hora. Esta semana, ligamos novamente para o advogado dele.
Fantástico: A gente gostaria de ouvir o prefeito.
Advogado: Amanhã de manhã eu ligo para o prefeito e entro em contato com você.
Não houve resposta. Em entrevista na quinta-feira passada à Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo, Adail afirmou que as denúncias são fabricadas.
“Nunca paguei por sexo com menor de idade. Eu tenho duas filhas. E jamais cometeria esse tipo de crime contra crianças e adolescentes da minha cidade. Na minha avaliação é extremamente produzida pelos meus adversários, com objetivo único de macular a minha imagem e honra pra me jogar contra a opinião pública”, afirmou Adail Pinheiro, prefeito de Coari.
“Nós temos aqui uma série de declarações de jovens, de adolescentes, que nem todas estão ligadas entre si. O que eu percebo sim e vou ser bem sincera a você que é uma tentativa dele de desqualificar essas pessoas que estão sendo ouvidas nesse procedimento investigatório”, diz a promotora.
Adail responde a 70 processos. Entres eles, a formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, fraudes em licitações e crimes sexuais.
“Processos que ficaram em caixas de papelão por mais de um ano e meio sem nenhum tipo de movimentação”, afirma Gilberto Valente Martins, conselheiro do CNJ.
Representantes do Conselho Nacional de Justiça passaram a semana em Manaus, tentando entender por quê.
O Conselho Nacional de Justiça constatou uma demora muito grande no andamento dos processos contra Adail Pinheiro, no Tribunal de Justiça do Amazonas. Três deles são de favorecimento à prostituição. O conselho vai ouvir juízes e desembargadores, quer saber o motivo de tanta lentidão.
“Não tem nenhum processo relacionado à pedofilia, principalmente, na Comarca de Coari, que estejam aptos pra serem julgados agora”, diz Gilberto Valente Martins.
O Fantástico procurou o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Ari Moutinho. Ele enviou uma nota, dizendo que vai aguardar o relatório do CNJ e os pedidos de providência para, então, tomar as medidas pertinentes.
“Pode estar havendo sim algum tipo de mecanismo para dar uma blindagem a este prefeito. Até porque vários magistrados vêm se afastando sistematicamente desses processos por motivo de foro íntimo pra não julgar este prefeito”, destaca o conselheiro do CNJ.
Adriano Salan, o ex-secretário de administração de Coari, que aparece em grande parte das gravações, é apontado pela polícia como uma das pessoas que atuam para atrasar os processos. Era oficial de Justiça, mas foi exonerado na segunda-feira, um dia depois de a reportagem do Fantástico ir ao ar. Entramos em contato com ele.
“Eu te ligo confirmando se eu vou gravar ou não”, disse.
Ele não ligou.
Fantástico: Há duvida da ação desse homem, do prefeito de Coari?
Leda Mara Albuquerque: Você está perguntando pra quem está investigando e por tudo o que eu já ouvi aqui eu digo que não.
“Eu quero que dessa vez seja feito Justiça sim. Que ele pague por todos os crimes, pelas crianças que ele abusou, que ele estuprou, porque foi isso que ele fez comigo. Que seja feita Justiça de verdade”, ressalta uma menina.
Fonte: Site do Fantástico
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