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domingo, 31 de janeiro de 2021

Relógio do Apocalipse está a 100 segundos do fim do mundo

Medição simbólica foi atualizada por cientistas nesta quarta-feira, dia 27.
O simbólico Relógio do Apocalipse está com os ponteiros parados a 100 segundos do fim do mundo, anunciaram os cientistas que o operam nesta quarta-feira (27). O motivo é a pandemia da Covid-19 e como ela tornou evidente que não estamos preparados para lidar com situações parecidas, nem com ameaças nucleares ou alterações climáticas.

O Relógio do Juízo Final foi criado logo após a Segunda Guerra Mundial pelos diretores do Bulletin of the Atomic Scientists, da Universidade de Chicago. Ele alerta para a iminência de um cataclismo nuclear, simbolizado pela meia-noite.

A cada ano, um grupo de especialistas ganhadores de 13 prêmios Nobel atualizam os ponteiros de acordo com o contexto mundial. Em 2020, o relógio avançou em 20 segundos, chegando o mais próximo que jamais esteve da temida meia-noite.

– A letal e assustadora pandemia da Covid-19 serve como um alerta histórico, uma ilustração vívida de que os governos nacionais e as organizações internacionais estão despreparados para administrar as ameaças de armas nucleares e mudanças climáticas que realmente acabam com a civilização – disse a diretora Rachel Bronson, em conferência de imprensa transmitida online.

Jerry Brown, ex-governador da Califórnia e presidente da ONG, apelou aos chefes de Estado pelo mundo para que “acordem”.

– Estamos a 100 segundos da meia-noite. Acordem! Os Estados Unidos, a Rússia e as potências nucleares do mundo devem deixar de gritar entre si. É hora de eliminar as armas nucleares, não de construir mais. O mesmo ocorre com a mudança climática: Estados Unidos, China e outros países importantes devem abordar seriamente as emissões mortais de carbono – afirmou.

Quando foi criado em 1947, o relógio marcava sete minutos para a meia-noite. Ao fim da Guerra Fria, em 1991, os ponteiros retrocederam 17 minutos. Avançaram, contudo, em dois minutos nos anos de 1953, 2018 e 2019.

(Thamirys Andrade / Pleno News)

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