O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou neste sábado (23) que as vacinas de Oxford recebidas pelo estado devem ser distribuídas para aplicação da 1ª dose, ou seja, sem retenção de parte do lote para 2ª dose. Fora a reserva técnica, as demais serão aplicadas.
"A vantagem dessa vacina, já orientada pelo próprio Ministério da Saúde, é poder usar todas as doses, porque a segunda dose dela poderá ser feita em até 90 dias. E, até lá, há toda uma programação e a remessa de novas doses para a população que já recebeu essa primeira dose da AstraZeneca", disse Camilo.
O carregamento com 72.500 doses da vacina Oxford/AstraZeneca produzidas no Instituto Serum, na Índia, chegou ao Ceará na noite deste sábado (23). O avião cargueiro da Gol aterrissou no aeroporto de Fortaleza por volta das 22h, vindo do Rio de Janeiro, primeiro estado a receber o imunizante. A carga será distribuída para as cidades cearenses, em rotas aéreas e terrestres.
O governador acompanhou a chegada da carga no aeroporto.
Na manhã deste domingo (24), a equipe da secretaria da Saúde vai discutir a logística da aplicação dessa segunda remessa. A primeira leva que chegou ao Ceará foi a chinesa Coronavac na segunda-feira (18).
Vacinas de Oxford e Coronavac
O Ceará já recebeu cerca de 220 mil doses da Coronavac, que já são aplicadas em todas as cidades do estado. A Coronavac foi desenvolvida na China e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
O lote que vem da Índia é de um imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. No Brasil, a Fiocruz também fabrica o produto.
As duas vacinas têm eficácia comprovada e são aplicadas em diversos países de forma emergencial. Ambas foram autorizadas pela Anvisa para aplicação emergencial no Brasil.
As vacinas já disponíveis de Coronavac no Ceará são insuficientes para imunizar os grupos prioritários da desta fase de campanha, formados principalmente por:
* Trabalhadores da saúde: 182.907 pessoas
* Idosos que vivem em asilos: 163.691
Liberação das vacinas na Fiocruz (RJ)
À noite e pela madrugada deste sábado, após a longa viagem da Índia para o Brasil, as vacinas Oxford/AstraZeneca passaram por uma avaliação de temperatura no Rio de Janeiro para verificar se estavam nas condições perfeitas.
De manhã, as caixas foram etiquetadas. Cada uma delas tem 50 frascos e 500 doses de vacina.
Também nas primeiras horas deste sábado (23), o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) coletou amostras para análise de protocolo e liberação do produto para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribuí-la pelo país.
As vacinas de Oxford farão parte do PNI, que é coordenado pelo Ministério da Saúde e começou no dia 17 de janeiro com 6 milhões de doses da CoronaVac. Nesta sexta (22), outros 4,8 milhões de doses da CoronaVac foram aprovadas para uso emergencial no Brasil.
No desembarque da Índia, ainda na pista, a aeronave foi recebida numa cerimônia de "batismo" por dois caminhões do Corpo de Bombeiros, que esguicharam água no avião.
Informações G1
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