A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) retirou mais de R$ 83 milhões em bens de criminosos, em dois anos de investigações que miram o enfraquecimento de organizações criminosas que atuam no Estado, através da desidratação financeira. O trabalho de descapitalizar o crime organizado é feito de forma integrada com a atuação de várias delegacias que contam com o apoio da Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro, que faz parte do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA).
Conforme relatório produzido pelo DRA, nos últimos dois anos, a Polícia Civil cearense sequestrou mais de R$ 83 milhões em bens de criminosos. Entre os bens estão 232 veículos – entre eles automóveis, motocicletas e uma aeronave –, 66 imóveis – como casas, apartamentos, pontos comerciais e terrenos –, além de valores guardados em contas bancárias, joias e pagamentos de previdência privada. Ainda conforme o DRA, os valores são oriundos de ações policiais realizadas pelas delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), dos Crimes Contra Finanças Públicas (DCCAFP) – que deu lugar a Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) –, além das Delegacias Regional do Crato e Municipal de Quixeramobim.
“Prender é muito pouco. Quando se trata de uma organização criminosa estruturada, verticalizada, a gente entende que o mais importante é desidratar o poderio econômico. Esse dinheiro que alimenta o crime. Queremos quebrar essa corrente porque, se eu não consigo capturar patrimônio, dentro de pouco tempo, terão pessoas que assumirão a função dos que foram presos, mas se eu descapitalizar e reter patrimônio, eu quebro o ciclo. E mesmo tendo pessoas que assumam essas posições, elas não terão capital de giro para fomentar o crime”, disse o delegado geral da PCCE, Marcus Rattacaso.
O foco é descapitalizar os grupos criminosos, tirando delas poder de financiamento das atividades. Imóveis, veículos e outros objetos são convertidos em benefício do Estado para uso prático (utilizar os veículos apreendidos como viaturas descaracterizadas, por exemplo) ou para arrecadação em leilões. O delegado geral explicou ainda que o valor arrecadado com a descapitalização pode ser usado na redução de danos, sendo investido na Polícia e em políticas de prevenção. “Após o sequestro, os bens das organizações criminosas podem ser cedidos ao Estado ou leiloados pela Justiça. No segundo caso, os valores convergem para o Fundo de Segurança Pública e Defesa Social (FSPDS)”, explicou Marcus Rattacaso.
Ostentação
O diretor do DRA, Paulo Cid, explica que os criminosos tendem a lavar o dinheiro de atividades ilícitas por meio de imóveis e veículos. “Quando o criminoso tem aquele valor, a forma mais fácil que ele vai visualizar de desfrutar aquele patrimônio ilícito é através de imóveis e móveis, onde ele tenta lavar o dinheiro”, afirma Paulo Cid. O delegado explica ainda que a preferência dos criminosos estão em veículos e imóveis de luxo.
Um dos bens sequestrados mais caro trata-se de um helicóptero utilizado nos assassinatos de dois traficantes, em Aquiraz, ocorridos em fevereiro de 2018. Três meses após as investigações sobre o fato, a aeronave se tornou parte da frota da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Conforme relatório produzido pelo DRA, nos últimos dois anos, a Polícia Civil cearense sequestrou mais de R$ 83 milhões em bens de criminosos. Entre os bens estão 232 veículos – entre eles automóveis, motocicletas e uma aeronave –, 66 imóveis – como casas, apartamentos, pontos comerciais e terrenos –, além de valores guardados em contas bancárias, joias e pagamentos de previdência privada. Ainda conforme o DRA, os valores são oriundos de ações policiais realizadas pelas delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), dos Crimes Contra Finanças Públicas (DCCAFP) – que deu lugar a Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) –, além das Delegacias Regional do Crato e Municipal de Quixeramobim.
“Prender é muito pouco. Quando se trata de uma organização criminosa estruturada, verticalizada, a gente entende que o mais importante é desidratar o poderio econômico. Esse dinheiro que alimenta o crime. Queremos quebrar essa corrente porque, se eu não consigo capturar patrimônio, dentro de pouco tempo, terão pessoas que assumirão a função dos que foram presos, mas se eu descapitalizar e reter patrimônio, eu quebro o ciclo. E mesmo tendo pessoas que assumam essas posições, elas não terão capital de giro para fomentar o crime”, disse o delegado geral da PCCE, Marcus Rattacaso.
O foco é descapitalizar os grupos criminosos, tirando delas poder de financiamento das atividades. Imóveis, veículos e outros objetos são convertidos em benefício do Estado para uso prático (utilizar os veículos apreendidos como viaturas descaracterizadas, por exemplo) ou para arrecadação em leilões. O delegado geral explicou ainda que o valor arrecadado com a descapitalização pode ser usado na redução de danos, sendo investido na Polícia e em políticas de prevenção. “Após o sequestro, os bens das organizações criminosas podem ser cedidos ao Estado ou leiloados pela Justiça. No segundo caso, os valores convergem para o Fundo de Segurança Pública e Defesa Social (FSPDS)”, explicou Marcus Rattacaso.
Ostentação
O diretor do DRA, Paulo Cid, explica que os criminosos tendem a lavar o dinheiro de atividades ilícitas por meio de imóveis e veículos. “Quando o criminoso tem aquele valor, a forma mais fácil que ele vai visualizar de desfrutar aquele patrimônio ilícito é através de imóveis e móveis, onde ele tenta lavar o dinheiro”, afirma Paulo Cid. O delegado explica ainda que a preferência dos criminosos estão em veículos e imóveis de luxo.
Um dos bens sequestrados mais caro trata-se de um helicóptero utilizado nos assassinatos de dois traficantes, em Aquiraz, ocorridos em fevereiro de 2018. Três meses após as investigações sobre o fato, a aeronave se tornou parte da frota da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
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