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sábado, 7 de julho de 2018

Seleção Brasileira faz primeiro tempo desastroso, diminui vantagem belga no segundo tempo, mas não garante vaga na semifinal.
O Brasil está fora da Copa do Mundo da Rússia. A Seleção Brasileira perdeu para a Bélgica por 2 x 1, nesta sexta-feira (6/7), pelas quartas de final, e se despediu da competição. Já os belgas asseguraram vaga na semifinal para enfrentar a França, que eliminou o Uruguai, nesta sexta. Agora, apenas equipes europeias disputam o título. Neste sábado (7), pelas quartas, a Rússia mede forças com a Croácia, enquanto a Suécia duela com a Inglaterra, pela mesma fase.

Em cobrança de escanteio, o volante Fernandinho, substituto do suspenso Casemiro, desviou para o fundo da rede defendida por Alisson e abriu vantagem para os belgas. O drama brasileiro aumentou quando Lukaku puxou contra-ataque e tocou para De Bruyne ampliar o placar. Apesar disso, Renato Augusto, que entrou no segundo tempo, diminuiu a vantagem belga ao marcar de cabeça.

A Bélgica tem o melhor ataque da competição. A equipe europeia balançou a rede 14 vezes em cinco partidas neste Mundial. A Seleção Brasileira, por sua vez, tem a segunda defesa menos vazada entre os remanescentes do torneio – três gols em cinco jogos.


Antes do jogo

Se para o país pentacampeão mundial o confronto vale a permanência no torneio, para os adversários o peso é maior, pois se trata da chance de garantir sobrevida de uma geração badalada e talentosa, mas que ainda não se consolidou no futebol internacional.

Nomes como Courtois, Vertonghen, Hazard, De Bruyne e Lukaku representam a maior esperança de a Bélgica voltar a uma semifinal de Copa depois de 32 anos. A equipe, formada quando esses atletas eram apenas jovens promissores, agora chega à decisão contra o Brasil composta por estrelas consagradas. Porém, todos buscam um resultado pela Seleção capaz de legitimar a fama que durante anos o time levou.

Toda essa expectativa pode ruir diante do Brasil pelas quartas de final. Como em uma espécie de autodefesa, a Bélgica tem lançado todo o favoritismo para o adversário e buscado tirar o peso do momento. Afinal, em jogos eliminatórios anteriores, como contra a Argentina, na última Copa, e País de Gales, na Eurocopa de 2016, os belgas mostraram inexperiência para lidar com decisões.

O problema é que talvez, nos próximos anos, esta mesma geração não tenha o vigor para chegar tão longe e ter outra oportunidade. “Jogar com o Brasil é um teste e tanto para vermos como está nossa equipe”, comentou o atacante Lukaku, autor de quatro gols na Copa do Mundo de 2018. Nessa quinta-feira (5), ele demonstrou simpatia ao conceder entrevista em português e defender Neymar das críticas por simular falta.

Cerca de dois terços do grupo belga estiveram na Copa de 2014 e chegou à Rússia com discurso de usar a experiência a favor. “Como nunca ganhamos uma Copa, temos essa barreira psicológica. Então, o Brasil leva vantagem nisso, pois sabe o caminho para ganhar”, resumiu o técnico da Bélgica, o espanhol Roberto Martínez.

Na opinião dele, a equipe demonstrou um caráter diferente ao ter batido o Japão de virada após levar dois gols nas oitavas de final. A determinação e o equilíbrio emocional foram fatores do quanto esta Bélgica pode estar à altura do apelido de Diabos Vermelhos.

Acostumada a ver os vizinhos e rivais holandeses destacarem-se em Copas, a Bélgica considera a partida com o Brasil uma das mais importantes da história do país. Ao mesmo tempo, a equipe pode igualar a melhor campanha em um Mundial, mostrar força, superar a tradição do Brasil e comprovar o poderio.

“Para jogos assim não é preciso motivação. Quando se enfrenta o Brasil em uma partida de quartas de final é o bastante. Trabalhamos dois anos para chegar até aqui"
Roberto Martínez, técnico da Bélgica

O Brasil terá ainda a presença do volante Fernandinho na vaga de Casemiro, suspenso, e uma grande presença de torcedores. A cidade de Kazan está cheia de brasileiros. Eles andam pelas ruas com camisas amarelas cantando músicas. A movimentação levou a imprensa belga a questionar o treinador Martinez se o otimismo do público não significava excesso de confiança, tema que ele evitou comentar.

Para o Brasil, de certa forma, o encontro também tem a importância de carimbar a equipe como favorita ao título. A Seleção chegou até aqui sem derrotar adversários de muita tradição em Copas e, pela primeira vez, terá um confronto com um time de nível técnico e de talento parecidos.

Nomeado novamente capitão, o zagueiro Miranda elogiou o adversário e respondeu uma provocação feita pelo zagueiro adversário Kompany de que os belgas já estariam preocupados com a semifinal. “Conhecemos todos os tipos de provocações. É uma forma de ocultar o medo e mostrar confiança, pois é sempre difícil jogar com a Seleção Brasileira”, comentou. (Com informações da Agência Estado)

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