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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Companheiro de grávida baleada na cabeça ainda não conheceu a filha


Thaysa Vilas Boas
Thaysa Vilas Boas Foto: Reprodução / Facebook
Fabrício Provenzano
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O companheiro da esteticista Thaysa Vilas Boas, de 22 anos, que levou um tiro na cabeça nesta segunda-feira, em Tapejara, no noroeste do Paraná, ainda não conheceu a filha, que nasceu prematura, aos 7 meses. Renato Kiara, de 23 anos, chegou a ser suspeito pelo crime, mas foi liberado. Ele ainda não foi até o hospital onde ambas estão internadas, pois teme sofrer retaliações da família da jovem baleada. As informações foram confirmadas pelo advogado do operador de lava jato, Luiz Carlos Martinez.
De acordo com o representante de Renato Kiara, o cliente tem uma relação difícil com o pai e o irmão de Thaysa e já teria sido ameaçado de morte por eles.
— Ele ainda não conheceu a filha. Ele quis ir ontem (ao hospital), mas o desaconselhei. Ele chora porque morre de vontade de conhecer o bebê e visitar a mulher, mas fica impedido porque a família dela ainda está muito revoltada. A gente tem medo que a família faça alguma coisa contra ele — explicou Martinez, cujo cliente já procurou a polícia para tentar ter acesso à filha e a mulher.
O advogado explicou ainda que, no momento do crime, Kiara estava trabalhando no lava jato, em uma cidade próxima. Ele soube por uma amiga o que tinha acontecido com a companheira.
— O delegado já ouviu os funionários do posto e eles confirmaram que o Renato estava trabalhando no horário do acontecimento. Vamos, inclusive, pedir imagens de câmeras de segurança do lugar como prova — acrescentou Martinez.
O representante de Kiara rebateu ainda os comentários de que o cliente tinha uma relação conturbada com a companheira.
— Eles tiveram algumas brigas comuns de casal. Mas Renato disse que eles se amam e sempre voltam. Inclusive, no dia do acontecimento, ele estava contente porque eles haviam reatado o namoro.
Thaysa, que está em coma, respira por ajuda de aparelhos, no hospital Norospar, em Umuarama. Ela estava grávida de sete meses e, por isso, sua filha nasceu de um parto de emergência. A pequena segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal da unidade.
Caso é investigado
De acordo com informações da Polícia Civil, Thaysa foi baleada em casa, no bairro São Vicente. Renato Kiara foi preso logo após chegar ao local, vindo do trabalho. Ele foi liberado horas depois por falta de provas.
— Ele (o irmão da vítima) tinha a informação de populares de que poderia ter sido ele (Renato) a ter atirado. Ele (Renato) chegou a ser preso por policiais militares e trazido para a delegacia, mas foi solto porque nenhuma testemunha veio confirmar nada, nem por telefone. Não temos nada de concreto (contra Renato) — disse Menezes, nesta terça-feira.
Thaysa foi baleada e está em coma
Thaysa foi baleada e está em coma Foto: Reprodução / Facebook
Segundo o delegado, a família de Thaysa acredita que o suspeito tenha cometido o crime porque já havia agredido a vítima.
Thaysa morava com irmão. Foi o rapaz que encontrou a irmã baleada. Ele chamou o pai e só depois da chegada dele a polícia e o serviço de emergência foram acionados para socorrer a jovem.
— Em depoimento, ele disse que estava na rua quando ouviu os disparos e correu para casa. Ele disse ter ouvido a voz de três homens fugindo do local, pulando o muro. Ninguém mais confirma essa história — disse Menezes.
De acordo com delegado, o marido da vítima disse que na casa onde Thaysa vivia funcionava um ponto de venda de drogas, mas até o momento não foram encontradas provas para a acusação.
O investigador informou ainda que não há câmeras de segurança da região que possam ajudar na investigação.
O caso segue sendo investigado. No momento, segundo o delegado, existem duas linhas de investigações, que não pode ser divulgadas para não atrapalhar o caso.


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