Abandonada pela mãe após a morte do pai, Débora Bidinur tem história de superação e garante: 'Apesar de tudo, estou sempre com um sorriso no rosto!'
Débora Bidinur, Miss Bumbum (Foto: MBB/Divulgação)
Débora Bidinur, a Miss Bumbum Pernambuco, tem uma daquelas histórias de vida de superação. Nascida e criada em Guarulhos, ela tem atualmente 24 anos e trabalha em uma barraca de pastel na feira do centro da cidade para se sustentar, mas já morou sozinha na favela, em uma época em que desencadeou uma depressão, logo após a morte do pai e o abandono da mãe.
Apesar da história triste, a miss quer quebrar preconceitos no concurso Miss Bumbum Brasil 2015. "Queria mudar o jeito das pessoas pensarem, fiquei surpreendida pelo preconceito e pelas críticas que recebi por participar", revelou ela ao EGO, enquanto comia uma marmita de berijela com tomate e pepino.
Apesar da história triste, a miss quer quebrar preconceitos no concurso Miss Bumbum Brasil 2015. "Queria mudar o jeito das pessoas pensarem, fiquei surpreendida pelo preconceito e pelas críticas que recebi por participar", revelou ela ao EGO, enquanto comia uma marmita de berijela com tomate e pepino.
Aos 15 anos, Débora foi abandonada pela mãe com as irmãs mais velhas. "Um ano depois que meu pai morreu, minha mãe deixou eu e minhas irmãs na casa e foi morar com outro homem", relembra ela. Na época, as irmãs tinham 18, 17 e 16 anos. "A gente tinha a pensão do meu pai, e minha mãe fazia uma comprinha do mês, mas a gente tinha de trabalhar para comprar xampu, absorvente... Comecei a trabalhar como vendedora de roupas, de sapatos, recepcionista, secretária, modelo", conta.
A coisa começou mesmo a degringolar quando houve um desentendimento entre as irmãs."Elas quiseram vender a casa, deu briga. Quando vendemos a casa, minha parte foi de R$ 5 mil e eu tive um mês para arrumar um lugar para ficar. Comprei um barraco na favela Sítio dos Morros por R$ 4 mil", conta ela, que se mudou sozinha para o local.
A época que morei na favela foi a pior da minha vida, porque eu vivia sozinha. Fiquei quase um ano lá e tive depressão. Eu não saía mais de casa, não comia, chorava o tempo todo. Foram seis meses assim.""Foi a pior época da minha vida, porque eu vivia sozinha. Tinha medo dos caras da favela. Fiquei quase um ano lá e tive depressão. Eu não saía mais de casa, não comia, chorava o tempo todo. Foram seis meses assim. Eu chorava muito debaixo do chuveiro. Tive anemia. Fui para o hospital e a partir daí voltei a morar com a minha mãe", conta ela. "A fé me ajudou muito. Foi uma da coisas que me reergueu", diz ela.
As coisas ainda não são fáceis entre Débora e a mãe e ela vê no concurso Miss Bumbum a chance de se tornar independente. "Agora quero sair de casa. Acho que minha mãe se arrependeu de ter me chamado pra voltar a morar com ela. Participar desse concurso tem esse peso para mim, é a chance de eu me firmar como modelo e conquistar minha independência. Vi uma oportunidade de subir na vida sem passar por cima de ninguém. Não vou entrar em brigas, vou fazer o meu", diz ela, que acredita merecer o título.
"Eu sou bem a mulher brasileira, tenho a mistura de raças, corpo natural e acho meu bumbum muito bonito. Não é dos maiores, mas é bonito. Tenho vontade colocar silicone nos seios", revela ela, que tem 94cm de bumbum. Débora, que está solteira, tem ainda um relcionamento abusivo no currículo. "Namorado não deixava fazer nada. Hoje em dia eu sou solteira, graças a Deus. Quero primeiro conquistar minhas coisas. Não arranjei um cara que quisesse construir junto, trabalhar, crescer, só arrumei moleque, sabe?", diz ela.
As dificuldades não desanimam Débora. "Eu costumo dizer que Deus não me dá um problema sem me dar a capacidade de resolver. Eu sou uma vencedora. Apesar de tudo estou sempre com um sorriso no rosto!"
Como todo os anos, o concurso Miss Bumbum vai abrir votação online a partir de agosto. A final acontece no dia 9 de novembro, em São Paulo.
Como todo os anos, o concurso Miss Bumbum vai abrir votação online a partir de agosto. A final acontece no dia 9 de novembro, em São Paulo.
Débora Bidinur (quarta na foto, da esq. para a dir.) na barraca de pastel da feira com colegas de trabalho (Foto: Arquivo Pessoal)
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