O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, desqualificou as evidências contra a Odebrecht obtidas através do acordo de leniência firmado em 2017, rotulando-as como “imprestáveis”. Em uma decisão onde não poupou críticas, ele caracterizou as consequências legais do caso como uma “armação” que culminou na prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas palavras do ministro, marcadas por forte ênfase nos trechos destacados em negrito e sublinhado – ele descreveu a prisão de Lula como potencialmente “um dos maiores erros judiciários da história do país”. Ele foi mais além ao denunciar o que considerou uma conspiração maior, mencionando: “Tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem. Digo sem medo de errar, foi o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições que já se prenunciavam em ações e vozes desses agentes contra as instituições e ao próprio STF”.
Uma das advogadas representando a ação, Valeska Martins, é esposa de Cristiano Zanin, recém-empossado na suprema corte.
(Hora Brasília)
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