Maria das Dores Silva, 40, foi diagnosticada com fibrose pulmonar, uma doença crônica, progressiva e não infecciosa, que endurece os pulmões e diminui a capacidade do órgão de expandir e de encolher, dificultando a respiração. Natural de São Luís, no Maranhão, ela foi submetida a um transplante bilateral de pulmão, no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), referência no tratamento de doenças pulmonares de alta complexidade. Respirando sem o auxílio do tubo de oxigênio, Maria recebeu alta na última quinta-feira (21), após um mês e treze dias de internação.
“Eu sentia muito cansaço, muita falta de ar e tosse. Recebi vários diagnósticos na minha cidade natal. Em 2016, descobri que era fibrose pulmonar e que não tinha cura, apenas controle. Para voltar a ter qualidade de vida teria que passar por um transplante e na minha cidade não tinha esse serviço. Foram três anos de luta, a doença só evoluiu. Mas agora eu posso comemorar o início da minha nova vida, quero reconquistar minha independência, voltar as fazer minhas coisas”, planeja.
Tratamento Fora de Domicílio
Em busca de recuperar a qualidade de vida, Maria das Dores precisou se mudar para Fortaleza. Ela foi incluída no Programa de Tratamento Fora de Domicílio, do Ministério da Saúde, um instrumento legal que visa garantir, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem, quando esgotado todos os meios de atendimento. “Eu também precisei de uma cuidadora e minha irmã, Maria da Conceição Gomes, largou a vida em Recife pra me acompanhar”, lembra.
A expectativa pela doação e a distância da família trouxeram inúmeras dúvidas e angústias comuns entre as pessoas que esperam por um transplante de órgão. No entanto, muitos questionamentos e aflições foram sanadas no Hospital de Messejana
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