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terça-feira, 24 de julho de 2018

Financiamento aos partidos nas eleições de 2018 vai custar R$ 1,71 bilhão aos cofres públicos



Vários partidos já definiram como vão repartir entre seus candidatos o dinheiro do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Neste ano, R$ 1,71 bilhões sairão dos cofres públicos para financiar as campanhas eleitorais. O MDB, que vai receber a maior fatia, R$ 234 milhões, anunciou no início do mês que não vai dar recursos para as campanhas à Presidência da República e governos estaduais.

O PP vai garantir R$ 2 milhões para cada candidato à reeleição como deputado federal, e vai dar bônus de 2,5% para cada vez que estes deputados votaram conforme a orientação do partido na Câmara. Segundo a resolução, a estratégia é valorizar a fidelidade partidária. A professora de Ciência Política da Universidade Estadual de São Paulo, Unesp, avalia que quando o Congresso estabeleceu as regras gerais para divisão do dinheiro entre os partidos, já havia a tendência de valorizar os atuais parlamentares.

O PSol criou faixas de prioridades entre as regiões do país. A campanha para o Governo do Rio de Janeiro e para o Senado pelo Pará têm prioridade 1 e por isso vão receber mais recursos. O partido definiu que os diretórios estaduais devem estabelecer regras para valorizar candidaturas de negros, indígenas e LGBTs.

O Democratas deve destinar o piso de R$ 2,5 milhões para cada candidato a governador e a direção nacional fica livre para incrementar o valor de acordo com o desempenho do candidato ao longo da campanha. O PSB só vai direcionar dinheiro para os candidatos a deputado estadual que estiverem apoiando integralmente candidatos do partido à deputado federal.

Adriano Oliveira, professor de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco, diz que o aumento do poder das cúpulas partidárias é um transtorno trazido pelo financiamento público. Todos os partidos são obrigados a destinar no mínimo 30% do Fundo para a campanha de mulheres. Mas, se o percentual de mulheres for maior do que isso, a parcela deve ser proporcional. Ou seja, se são 40% de candidatas, elas receberão, 40% do Fundo. O Democratas e o PP, por exemplo, pedem que os candidatos indiquem uma lista de mulheres para quem eles querem destinar nominalmente o recurso extra, que será inicialmente reservado para os homens.

Com Agência Brasil

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