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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Apreensão toma conta da cúpula do PMDB após delação de filho de Machado


expedito-machado-netoA quarta-feira começou com mais apreensão entre os dirigentes nacionais do PMDB. Motivo: o conteúdo da delação premiada do filho do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, Expedito Machado Neto, o Did. O conteúdo da delação ainda não vazou, está sob sigilo, mas deixa inquietos os políticos do PMDB que tinha relação direta com o cearense Sérgio Machado.
Segundo reportagem do Jornal Correio Braziliense, edição desta quarta-feira, ”a cúpula do PMDB no Senado ficou apreensiva com a informação de que Expedito Machado Neto, o Did, fez acordo de delação premiada”. Pelo acordo firmado com o Ministério Público, será repatriada parte dos recursos relacionados ao esquema de corrupção da Petrobras.
Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou nessa terça-feira (31/5), o filho do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado também firmou acordo de delação com o Ministério Público, acompanhando a decisão tomada pelo pai. Homologados pelo Ministério Público, os dois acordos tramitam conjuntamente.
Segundo, ainda, a reportagem do Correio, ”as revelações feitas por Did causaram mais preocupação à cúpula do Senado do que os áudios gravados por Machado. Isso porque, segundo investigadores, Did seria operador de um fundo de investimentos no exterior abastecido com dinheiro de propina. Filho caçula de Sérgio Machado, Did mora em Londres”.
Advogados de Did, Fernanda Tórtima e Antônio Pitombo disseram, por meio de nota, que ele “jamais teve vínculo com qualquer político, partido político ou funcionou como operador financeiro do PMDB e tampouco controla ou detém fundo de investimento na capital da Inglaterra”.
Cerca de R$ 700 milhões teriam passado pelas contas do filho do ex-presidente Transpetro, segundo pessoas próximas à família.
Apesar de apreensivos, integrantes da cúpula do PMDB já preparam a versão de que o dinheiro das contas de Did são exclusivamente de Machado. Os senadores avaliam que os dois não teriam como comprovar que os valores pertencem a políticos do partido.
Com informações do Correio Braziliense

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