O governo garantiu a sindicalistas que a primeira parcela do 13º dos aposentados e pensionistas do INSS será paga em agosto. O anúncio foi feito, nessa terça-feira, 28, pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha em reunião com representantes da classe e do empresariado para discutir a reforma da Previdência. “Será tudo pago no prazo ordinário, como sempre foi, com exceção de 2015”, disse. Ainda segundo o ministro, os pagamentos começam no dia 23 de agosto.
Em 2015, o pagamento da primeira parcela foi adiado de agosto para setembro por causa do aperto nas contas do governo. Este ano, o pagamento da segunda parcela do ordenado está prevista para o fim de novembro. No ano passado, pagamento antecipado foi adiado de agosto para setembro.
Depois de um mês e meio de criação e cinco reuniões, o grupo de trabalho para discutir a reforma da Previdência, com a participação do governo, empregadores e sindicalistas, decidiu que um novo grupo será formado para debater a questão. Com isso, a meta de entregar uma proposta até o fim de julho, agora, segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, passou para “até o fim do ano”.
“Quando a gente não quer decidir com rapidez se monta um grande colégio. Quando a gente quer mais rapidez, um grupo menor. Fomos para o grupo menor”, disse. A sugestão, segundo Padilha, foi do Dieese, que representará as centrais sindicais.
O ministro afirmou que este novo grupo se reúne já na próxima semana. A sugestão de uma equipe menor, de acordo com uma fonte que participou da reunião, foi consenso “ironicamente”, porque não havia concordância nem nos números apresentados. Segundo essa fonte, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que participou pela primeira vez do grupo, trouxe números completamente diferente dos sindicalistas.
Padilha não quis dar um prazo fechado para as conclusões do grupo. “Nós não sabemos quais serão os temas em que restarão os dissensos. Aqui começamos a construir consenso”, disse, ressaltando que o grupo menor poderá se aprofundar na questão. “O grande desafio é garantir que os nossos filhos e nossos netos possam ter a garantia da Previdência Social. No ritmo que está não terão”, disse. “O Brasil conquistou o envelhecimento antes de conquistar o enriquecimento”, disse, afirmando que a Previdência “é um desafio que temos que vencer”.
Conteúdo Estadão
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