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terça-feira, 28 de junho de 2016
Fraudes na Lei Rouanet são investigadas em nova operação da PF
( Agência Brasil )
Conforme as investigações, um grupo criminoso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 170 milhões em projetos A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (28) uma nova operação contra a corrupçãono Brasil. Desta vez, a instituição financeira investiga fraudes na Lei Rouanet, que institui políticas públicas para a cultura nacional. A chamada Operação Boca Livre foi deflagrada junto à Controladoria-Geral da União e conta com 124 policiais em ação. Nesta terça-feira, a PF já cumpre 51 mandatos, dentre os quais 27 de busca e apreensão e 14 prisões temporárias. Entre os investigados, a instituição policial cita o escritório de advocacia Demarest e as empresas Bellini Eventos Culturais, Scania, KPMG, Roldão, Intermédica Notre Dame, Laboratório Cristalia, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil. Inicialmente, a Operação Boca Livre está sendo realizada em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Conforme as investigações, um grupo criminoso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 170 milhões em projetos. Os desvios ocorriam por meio de várias fraudes, como superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços e produtos fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas realizadas às incentivadoras. Conclusão A PF concluiu que vários projetos de teatro itinerante voltados às pessoas carentes deixaram de ser executados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e bibliotecas públicas. Segundo as investigações, os suspeitos usaram o dinheiro público para shows com artistas famosos em festas privadas para empresas, livros institucionais e até a festa de casamento de um dos investigados na Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. Os presos devem responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, estelionato contra União, crime contra a ordem tributária e falsidade ideológica, cujas penas chegam a doze anos de prisão. Diário do Nordeste
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