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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Bando armado invade cadeia pública, sequestra e fuzila bandidos suspeitos da morte de PMs em Jaguaretama


Mortes em Jaguaretama 122Um grupo fortemente armado atacou, na madrugada desta terça-feira (28), o prédio onde funcionam conjuntamente a Cadeia Pública e a sede do Destacamento da Polícia Militar da cidade de Jaguaretama, na região do Vale do Jaguaribe (a 241Km de Fortaleza). Depois de disparar vários tiros, os criminosos conseguiram invadir a unidade e sequestrar dois dos 21 presos ali confinados. Horas depois, os dois detentos foram encontrados mortos.
O resgate seguido de execução sumária teve como vítimas dois bandidos integrantes de uma quadrilha familiar cujo líder seria o assaltante e pistoleiro William Huaine Diógenes Cintra, atualmente recolhido na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, em Santa Catarina, tamanha a sua periculosidade. Os dois mortos foram identificados como Sadan Diógenes Cintra, 21 anos; e Jânio Diógenes, irmão e primo, respectivamente, do chefe da quadrilha.
Mortes em Jaguaretama 012
Sadan Diógenes, irmão do chefe qua quadrilha que matou dois policiais é um dos mortos 
Os dois foram resgatados da cadeia e levados para fora da cidade por cerca de 10 homens armados que ocupavam dois carros, sendo um deles provavelmente um modelo HB20 prata. Quando o dia amanheceu, a Polícia recebeu a informação de que os corpos dos dois detentos haviam sido encontrados por agricultores moradores da localidade de Torrões, na zona rural de Jaguaretama, distante cerca de 12 quilômetros da sede municipal. Estavam à cerca de 150 metros de uma estrada vicinal e apresentavam muitos tiros.
Um incêndio
De acordo com informações da PM, para invadir a sede do Destacamento e chegar às celas da Cadeia Pública a quadrilha encontrou um jeito de tirar dali os policiais de serviço. Era por volta de 1 hora da madrugada quando aos militares receberam um chamado de que bandidos estariam incendiado uma residência na zona rural, mais precisamente, na localidade de Sítio Ipueiras, a cerca de 25 quilômetros da cidade. Incontinenti, a patrulha se deslocou para atender à ocorrência, deixando o prédio fechado. “Quando chegamos na localidade constatamos que realmente a casa estava pegando fogo”, disse um dos militares. “Mas não havia ninguém ali”, completou.
William diógenes
William Diógenes (à esquerda) comandava o bando em Jaguaretama
A casa que foi incendiada no Sítio Ipueiras na madrugada desta terça-feira pertenciam aos pais de outro bandido temido na região, o pistoleiro Genilson Torquato, atualmente recolhido em um presídio na Grande Fortaleza e réu confesso de, pelo menos, 22 assassinatos em Jaguaretama e municípios vizinhos.
Genilson agia em parceria com o também pistoleiro, e assaltante, Lucivando Saraiva Diógenes, o “Gordo”, integrante do bando de “Senhorzinho Diógenes”. Eram dois matadores profissionais que aterrorizam a população de Jaguaretama até o ano de 2008, quando “Gordo” morreu em um confronto com a PM. Morte de PMs William Diógenes e seu bando foram os responsáveis pela morte de, pelo menos, dois policiais militares no começo deste ano. No dia 7 de janeiro, o bando matou o soldado PM Hudson Danilo de Oliveira, numa troca de tiros quando os criminosos assaltavam uma fazenda na zona rural de Jaguaretama. Ele foi atingido por um tiro de fuzil e morreu dois dias depois em Fortaleza. A partir de então, a PM passou a caçar o grupo.
No dia 8 de janeiro, William foi capturado num cerco comandado pelo então comandante do Destacamento da PM de Jaguaretama, subtenente PM Carlos Herbênio Almeida Bezerra. Ele estava sendo resgatado por comparsas quando foi detido. Entre os que pretendiam dar fuga ao criminoso estava seu irmão, Sadan Diógenes, que também foi capturado e, hoje, resgatado e assassinado.
Ao ser preso, William Diógenes e seus comparsas ameaçaram de morte o subtenente Herbênio. E na manhã do dia 19 de fevereiro, a quadrilha cumpriu a promessa e assassinou o militar quando este fazia Cooper nas proximidades de casa, em Jaguaretama.
Fonte: Blog do jornalista Fernando Ribeiro

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