"Josafá Formigão" foi executado a poucos metros do Quartel da PM
O pacto pela paz em dos bairros mais populosos e violentos da zona oeste de Fortaleza foi quebrado pelas facções criminosas. Depois de uma trégua de quase três meses, período em que as taxas de homicídios sofreram uma queda considerável naquele setor da cidade, a violência voltou a reinar no Pirambu. Em menos de 48 horas, duas pessoas foram executadas ali e outras duas ficaram gravemente feridas.
O último homicídio ocorreu no começo da tarde desta segunda-feira (9), quando um ex-presidiário e um dos últimos membros vivos de uma quadrilha que comandou o tráfico de drogas no bairro durante anos,acabou fuzilado na porta de casa.
Josafá Vieira da Silva, conhecido como “Josafá Formigão” ou “Toinho Formigão”, foi atingido com vários tiros de pistola na calçada de sua casa, localizada na Rua Monsenhor Hélio Campos, a poucos metros do Quartel da 3ª Companhia do 5º BPM (Cristo Redentor). Uma mulher, identificada apenas por Francisca, também foi baleada e socorrida em estado gravíssimo.
Para a Polícia, as suspeitas são de um “acerto de contas” do tráfico. Policiais do 7º DP (Pirambu) e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão apurando o caso conjuntamente.
Outro
Já na noite de sábado último (7), por volta de 21h45, bandidos invadiram uma casa localizada na Rua Daniel Bruno, no mesmo bairro com o objetivo de matar um usuário de drogas identificado como Juscilando Paz de Oliveira, que, supostamente, estaria em dívida com o tráfico.
Ao perceber que seria assassinado, Juscilando conseguiu fugir, mesmo tendo sido baleado. No entanto, a irmã dele, Juscineide Paz de Oliveira, 49 anos, também foi atingida pelos tiros disparados pelos assassinos e morreu no local.
O poder das Facções
No ano passado, cerca de 50 pessoas foram assassinadas por conta de uma rivalidade entre gangues dos bairros Pirambu e Colônia.
No entanto, no começo de 2016, facções criminosas que tomaram o território do Pirambu das mãos de traficantes locais, desafiaram as autoridades da Segurança Pública, ignoraram a Polícia e impuseram um pacto pelo fim dos assassinatos. Por conta disso, a taxa de homicídios no bairro - pertencente à Área Integrada de Segurança Um/AIS 1 – caiu drasticamente em janeiro, fevereiro, março e abril.
Vários gangueiros e traficantes do Pirambu – acusados de matar rivais - fugiram para cidades da Região Metropolitana de Fortaleza e Municípios do Interior próximos da Capital, como Paraipaba, Maracanaú, Pacatuba e Paracuru.
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