"Eu não vou cair", diz Dilma Rousseff a jornal
Em meio à
falta de popularidade e pedidos de impeachment da população, a
presidente Dilma Rousseff, em entrevista exclusiva ao jornal Folha de S.
Paulo, declarou que não vai renunciar ao cargo. “Eu não vou cair. Não
vou, não vou. Isso aí é moleza, é luta política”, disse.
Dilma também
falou que a oposição de golpista e chamou para “briga”. “Não tenho base
para cair, e venha tentar. Se tem uma coisa que não tenho medo é
disso”, afirmou ao jornal.
Apesar de
atritos crescentes com lideranças do PMDB, especialmente o presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma rejeitou qualquer
problema com o partido - o maior da base governista e que tem o
vice-presidente da República, Michel Temer - dizendo que não são os
peemedebistas que querem seu afastamento. "Eu acho que o PMDB é ótimo."
Sobre a
declaração do ex-presidente Lula, que os dois estavam no volume morto, a
presidente disse que respeita Lula. “Ele tem todo direito de dizer onde
ele está e onde acha que estou. Mas não me sinto no volume morto não”,
explicou.
Dilma também
falou que achou “estranho” as prisões dos presidentes da Odebrecht e
Andrade Gutierrez. “Eu gostaria de maior fundamento para a prisão
preventiva de pessoas conhecidas. Acho estranho só”.
Delatores
A presidente
também revelou que não gosta de delatores. “Acho que a pessoa quando
faz, faz fragilizadíssima (...) Todos nós temos limites. Nenhum de nós é
super-homem ou supermulher. Mas acho ruim a instituição, entendeu?
Transformar alguém em delator é fogo”, declarou à Folha de S. Paulo.
Sobre os
delatores que dizem que as doações eleitorais da presidente tiveram como
origem propina na Petrobras, Dilma achou “uma coisa estranha”. “No
mesmo dia em que eu recebo doação, em quase igual valor o candidato
adversário recebe também. O meu é propina e o dele não?”.
Ajuste fiscal
Dilma disse
ainda, ao jornal Folha de S.Paulo, que quer acelerar o ajuste fiscal e
fará o possível para a recessão ser a menor possível. "Quanto mais
rápido fizermos, mais rápido sairemos dele".
Dilma disse
ainda que o Executivo prepara "medidas estruturantes que contribuem ao
mesmo tempo para o ajuste como para o médio e longo prazos", mas não
disse quais seriam as medidas.
Admitindo
estar surpresa com a intensidade da recessão da economia neste ano,
Dilma disse que "até o final do ano vou fazer o diabo para fazer a menor
(recessão) possível".
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