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terça-feira, 7 de abril de 2015

Jovem morre vítima de ‘ameba comedora de cérebro’ e mãe faz campanha de alerta


Koral Reef recebe um beijo do marido no hospital
Koral Reef recebe um beijo do marido no hospital Foto: Reprodução/ Facebook/ Team Koral Reef
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Após a morte da filha, vítima de uma ameba rara que ‘come o cérebro’, a americana Sybil Meister começou uma campanha para conscientizar a população sobre o perigo da infecção. A filha dela, Koral Reef, de 20 anos, morreu em outubro do ano passado, seis meses após ser diagnosticada com a doença. Ela criou uma página no Facebook, e deseja que autoridades alertem sobre os perigos da ameba.
Moradora da Califórnia, nos Estados Unidos, Sybil explicou que a filha começou a sentir os sintomas em 2013. “Ela começou a reclamar de dores de cabeça, náuseas, rigidez do pescoço, visão embaçada, vômitos, sensibilidade ao calor e à luz. Ela também tinha variações de humor”, disse ao programa de TV “Good Morning America”.
Apesar disso, a jovem estava com medo de ir ao médico. Em junho de 2014, quando não aguentava mais, ela foi a um pronto-socorro. “Suas dores de cabeça e a sensibilidade à luz eram tão ruins que o marido tinha para mantê-la constantemente em um quarto escuro, e ela começou a ter espasmos no lado esquerdo de seu corpo”, lembra a mãe. Os médicos acharam que ela estava com problemas porque tinha parado de tomar a pílula anticoncepcional, e ela foi liberada.
Sybil contou também que, antes da doença, a jovem tinha um risada contagiante, era generosa e estava sempre disposta a ajudar os outros. Em 29 de setembro, Koral voltou ao pronto-socorro e numa mais saiu. “Sua visão ficou tão ruim que ela ficava cega às vezes”, disse a mãe.
Koral Reef com o marido Corey
Koral Reef com o marido Corey Foto: Reprodução/ Facebook/ Team Koral Reef
Médico afirma que doença é muito rara
Após exames, os médicos descobriram uma enorme massa em seu cérebro, uma inflamação e tecido morto, que eles finalmente descobriram se tratar da ameba Balamuthia. O médico Navaz Karanjia, que tratou Koral, disse à “ABC News” que ela deve ter contraído a ameba em 2013, e lembra que infecções desse tipo são muito raras.
A mãe acredita que ela contraiu a ameba quando passava férias com a família em Lake Havasu, no Arizona. No entanto, o médico descorda. “Acho que é perigoso colocar um nome e uma culpa por uma infecção quando você não tem certeza”, disse Navaz Karanjia.
“É fácil fazer sensacionalismo com a história, mas essa ameba particularmente tem sido quase sempre contraída através da inalação de poeira. É possível que ela tenha contraído a ameba pela água, mas é altamente improvável”, garantiu o médico.
Segundo ele, a chance de sobrevivência após a infecção é de 13%, mas desde 1974 apenas 94 casos foram notificados às autoridades americanas, sendo seis casos no ano passado. “Essas infecções amebianas não são uma epidemia”, reforçou. A mãe de Koral disse que espera que mais pessoas levem a mortalidade das amebas mais a sério.
A mãe deseja que as autoridades alertem sobre o problema
A mãe deseja que as autoridades alertem sobre o problema Foto:

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