Após a morte da filha, vítima de uma ameba rara que ‘come o cérebro’, a
americana Sybil Meister começou uma campanha para conscientizar a
população sobre o perigo da infecção. A filha dela, Koral Reef, de 20
anos, morreu em outubro do ano passado, seis meses após ser
diagnosticada com a doença. Ela criou uma página no Facebook, e deseja
que autoridades alertem sobre os perigos da ameba.
Moradora da Califórnia, nos Estados Unidos, Sybil explicou que a filha
começou a sentir os sintomas em 2013. “Ela começou a reclamar de dores
de cabeça, náuseas, rigidez do pescoço, visão embaçada, vômitos,
sensibilidade ao calor e à luz. Ela também tinha variações de humor”,
disse ao programa de TV “Good Morning America”.
Apesar disso, a jovem estava com medo de ir ao médico. Em junho de 2014,
quando não aguentava mais, ela foi a um pronto-socorro. “Suas dores de
cabeça e a sensibilidade à luz eram tão ruins que o marido tinha para
mantê-la constantemente em um quarto escuro, e ela começou a ter
espasmos no lado esquerdo de seu corpo”, lembra a mãe. Os médicos
acharam que ela estava com problemas porque tinha parado de tomar a
pílula anticoncepcional, e ela foi liberada.
Sybil contou também que, antes da doença, a jovem tinha um risada
contagiante, era generosa e estava sempre disposta a ajudar os outros.
Em 29 de setembro, Koral voltou ao pronto-socorro e numa mais saiu. “Sua
visão ficou tão ruim que ela ficava cega às vezes”, disse a mãe.
Médico afirma que doença é muito rara
Após exames, os médicos descobriram uma enorme massa em seu cérebro, uma
inflamação e tecido morto, que eles finalmente descobriram se tratar da
ameba Balamuthia. O médico Navaz Karanjia, que tratou Koral, disse à
“ABC News” que ela deve ter contraído a ameba em 2013, e lembra que
infecções desse tipo são muito raras.
A mãe acredita que ela contraiu a ameba quando passava férias com a
família em Lake Havasu, no Arizona. No entanto, o médico descorda. “Acho
que é perigoso colocar um nome e uma culpa por uma infecção quando você
não tem certeza”, disse Navaz Karanjia.
“É fácil fazer sensacionalismo com a história, mas essa ameba
particularmente tem sido quase sempre contraída através da inalação de
poeira. É possível que ela tenha contraído a ameba pela água, mas é
altamente improvável”, garantiu o médico.
Segundo ele, a chance de sobrevivência após a infecção é de 13%, mas
desde 1974 apenas 94 casos foram notificados às autoridades americanas,
sendo seis casos no ano passado. “Essas infecções amebianas não são uma
epidemia”, reforçou. A mãe de Koral disse que espera que mais pessoas
levem a mortalidade das amebas mais a sério.
extra
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