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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Google não aceita mais anúncios de sites pornográficos




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Surpreendendo a muitos de seus clientes e parceiros, o Google anunciou nesta segunda-feira (30) o banimento de todo tipo de anúncio pornográfico de sua rede de publicidade. A partir de agora, clientes desse mercado não podem mais usar as ferramentas da empresa para promover sites, serviços, aplicativos ou qualquer outro tipo de atividade que envolva, nas palavras da gigante, “atos sexuais gráficos”.
De acordo com as informações do canal americano CNBC, o Google já tinha políticas bastante rígidas com relação ao tipo de conteúdo que poderia ser anunciado em sua rede. Então, de acordo com um porta-voz da empresa, o fim total dos trabalhos com esse tipo de conteúdo é uma consequência natural das políticas da empresa, que prefere focar em outros segmentos do mercado.
A mudança repentina, porém, não parece ter caído muito bem junto a alguns dos clientes da empresa. Theo Sapoutzis, diretor da rede adulta AVN Media Network, por exemplo, criticou a falta de aviso prévio com relação à alteração nas regras. Ele disse ter sido um dos primeiros clientes do AdWords, anunciando com o Google desde 2002 e, apesar das regras rígidas e claras, disse ter ficado surpreso ao receber o email informando sobre o fim dos anúncios eróticos.
A mensagem, na verdade, não fala especificamente sobre um banimento de sites pornográficos, mas sim, da proibição de anúncios que contenham imagens gráficas ou que levem a sites que apresentem esse tipo de conteúdo. Ou seja, basicamente a mesma coisa, em uma alteração nas regras que passa a valer a partir das próximas semanas.
A bem da verdade, a indústria pornográfica não é exatamente um dos principais clientes do Google em suas plataformas de publicidade, devido às já citadas regras rígidas com relação a esse tipo de conteúdo. Boa parte dos acessos a esse tipo de conteúdo, como citou a CNBC, vem de buscas orgânicas, essas sim, ainda válidas e fonte de grande movimento também para a ferramenta de buscas. Só para ter uma noção, a empresa registra cerca de 350 milhões de pesquisas por mês por palavras como “pornografia”, sexo” ou “pornô gratuito”.
Ainda assim, alguns expoentes desse mercado afirmam que o Google está dando as costas para um segmento que ajuda a sustentá-lo. Tom Hymes, editor da revista AVN, afirma que muitas das empresas do ramo simplesmente não anunciavam com a empresa, enquanto aqueles que faziam o possível para se adequar às normas, agora, estão sendo duramente lesados pela mudança repentina.
O grupo de ativistas Morality In Media assumiu o crédito pela mudança nas regras do Google, afirmando que a alteração foi resultado de uma reunião entre a empresa e a organização. Agora, a instituição pede o banimento completo de resultados pornográficos das pesquisas da empresa.

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