De acordo com o Centro de Tecnologia e Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a última etapa no desenvolvimento da vacina brasileira contra Mpox está próxima de se iniciar. Essa fase envolve testes em humanos e está prevista para o início do ano que vem.Foto: Shutterstock
O imunizante nacional já vinha sendo desenvolvido há 2 anos, desde a primeira emergência global provocada pela doença. No entanto, a vacina ganhou maior projeção recentemente, após a Mpox ser declarada emergência em saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os testes iniciais da vacina, segundo a universidade, apresentaram bons resultados, demonstrando "indução de neutralizantes, resposta celular e resposta rebuscada contra a doença".
Segundo a UFMG, a dose brasileira utiliza um vírus atenuado e não replicativo, o que torna o imunizante muito parecido com o Mpox e poderá ser usado, inclusive, nos imunossuprimidos e gestantes. A vacina em estudo é elaborada para ser aplicada em duas doses.
A iniciativa é uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.
A equipe responsável pelo desenvolvimento do imunizante elabora um dossiê que será encaminhado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovação da fase 1 dos testes clínicos.
Atualmente, duas vacinas já estão disponíveis contra a Mpox, que já foi conhecida como varíola dos macacos. Uma é Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic e composta pelo vírus atenuado. Ela é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.
A outra vacina é a ACAM 2000, produzida pela americana Emergent BioSolutions, que possui muitas contraindicações e mais efeitos colaterais por ser composta pelo vírus ativo.
Com informações do Diário do Nordeste
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