A polícia de Porto Rico anunciou na última semana o indiciamento de 75 suspeitos de fazerem parte de uma das gangues mais violentas da ilha. Segundo as autoridades locais, os criminosos chegaram, em algumas ocasiões, a alimentar jacarés com pedaços de corpos de rivais.
Os procuradores não disseram precisamente quantas pessoas foram dadas como comida para os répteis, alegando segredo de Justiça, mas o número pode passar de uma dúzia.
A gangue, chamada de 'Las FARC' (de Forças Armadas Revolucionárias de Cantera, região de San Juan onde a gangue operava), tinha um tanque de jacarés de estimação em sua sede, afirmou a promotora Rosa Emilia Rodríguez, em uma coletiva de imprensa.
Violência e drogas
Os membros de 'Las FARC' usaram de muita violência para se consolidar no comando do tráfico de drogas a partir de 2006 na periferia de San Juan, capital de Porto Rico. Eles se especializaram na venda de cocaína, crack, heroína, maconha e metanfetamina.
Segundo a procuradora, a organização enviava cocaína para o território continental dos EUA. "Muita cocaína vinda da América do Sul ia parar lá por causa deles", explicou.
Dos 75 indiciados na chamada "Operação Crocodilo", 32 foram presos até a última quarta-feira. Outros 15 já estavam presos por outros crimes e acusações.
Táticas de 'varejo'
Outro método diferente usado pela gangue lembrava estratégia de vendas em varejo. Quando chegava um tipo novo de droga, os chefes estimulavam os traficantes que faziam a distribuição nas ruas a dar "amostras" para os clientes.
O objetivo, de acordo com Rosa Rodríguez, era promover as vendas das novas drogas. "Como um estabelecimento normal faria com um produto novo", disse ela.
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