A prisão do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), na manhã desta quinta-feira (21), cria um ambiente de tensão no Congresso diante de votações importantes, como a reforma da Previdência, fragiliza ainda mais o MDB, ao mesmo tempo em que garante mais fôlego à Operação Lava Jato, em embate com o Supremo Tribunal Federal (STF). São avaliações de especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste, que temem um aprofundamento na crise exposta na relação entre as instituições.
Por decisão do juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, Temer recebeu voz de prisão por agentes da Polícia Federal logo após sair de sua residência, na zona oeste de São Paulo. Além do ex-presidente, também foram presos o ex-ministro Moreira Franco e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, dentre os 10 mandados de prisão expedidos.
Com base na delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, os dois pediram R$ 1 milhão em propina, com o conhecimento do ex-presidente. Na decisão, Marcelo Bretas diz que "Michel Temer é o líder da organização criminosa a que me referi, e o principal responsável pelos atos de corrupção aqui descritos".
A prisão do último ex-presidente intensifica o processo de esvaziamento de capital político do MDB, após a saída do Palácio do Planalto.
Diário do Nordeste
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